Castelos, mosteiros, vilas e aldeias tradicionais, cavalos, olivais e vinhas: a Tejo Wine Route 118 tem isto tudo. Com a paisagem aliada à tradição de vinhos na região do Tejo, viajar por esta estrada dá a conhecer o ambiente natural e humano da região de vinhos do Tejo. A Tejo Wine Route 118, é um projeto de enoturismo da Rota dos Vinhos do Tejo que organiza esta viagem e dá a conhecer uma das antigas regiões produtoras de vinhos do país. Selecione os números de 1 a 15 deste mapa digital e abra o apetite para o que vai encontrar no terreno.
Casal da Coelheira (Tramagal, Abrantes)
Este produtor data de meados do século XIX tendo tido uma maior projeção no início do século XX quando foi adquirida pela família dos atuais proprietários que continuam esta paixão pelo século XXI. Junto à vila do Tramagal, o Casal da Coelheira são 250 hectares onde a vinha convive com outras culturas. Esta biodiversidade mantém animais selvagens, como os javalis, os patos e as perdizes nesta quinta. Os mais abundantes são mesmo os coelhos, que dão nome à quinta. Aqui nascem vinhos com frescos e elegantes como o Casal da Coelheira Private Collection Verdelho, ou concentrados e poderosos como o Mythos tinto, produzido a partir das vinhas mais antigas da herdade, com cerca de 35 anos.
Quinta da Lagoalva de Cima (Alpiarça)
A história desta propriedade tem tantos anos quanto a nacionalidade portuguesa. Foi uma doação do Rei de Portugal à Ordem de Santiago de Espada pelos serviços dos seus cavaleiros na conquista de território. Hoje mantém-se na família do 2º Duque de Palmela que, no século XIX, se tornou proprietário. Além dos vinhos Lagoalva, aqui produz-se cereais, azeite de um olival com 200 anos, gado, frutos secos e isto significa que a Quinta da Lagoalva de Cima está ativa ao longo de todo o ano, com atividades de enoturismo personalizadas, que podem incluir visita guiada à Quinta, à capela de São Pedro, ao museu de hipo viaturas que tem uma coleção privada da família, ao picadeiro onde podem ser vistos os puros lusitanos que ali são criados, à adega, à vinha, ao Olival. As experiências vão desde prova de vinhos, almoços harmonizados, workshops ou curso de vinhos com os enólogos, vindima, visita ao observatório de pássaros. Na sua loja vendem-se vinhos tão diversos como os mais tradicionais tintos da região, um Late Harvest ou o Espumante Pet Nat de Arinto e Fernão Pires.
Pinhal da Torre (Alpiarça)
Das Quinta de São João, Águas Vivas e Alqueve, as propriedades deste produtor de excelência provêm as uvas dos vinhos produzidos pela Pinhal da Torre que expressam o terroir desta região, a Pureza, Elegância, Personalidade e Sustentabilidade são o lema desta família que há gerações produzem vinhos. Entre as suas referências estão vinhos como o Alqueve Reserva Tinto, de Touriga Franca e Syrah produzidas em solos arenosos e argilosos bem como o Pinhal da Torre The Grenache, com aromas a frutos vermelhos maduros, minerais, notas de cacau e especiarias, e os Pinhal da Torre Protagonista Branco e Tinto, do melhor que se faz em Portugal.
Casa Paciência (Alpiarça)
Hermínio Duarte Paciência, além de médico oftalmologista de referência em Alpiarça, era também um produtor de vinhos a granel. O legado deste curioso homem tem mais de cem anos e é hoje continuado pela sua neta, Luísa Paciência, que para manter vivo e relevante o património vitivinícola da família, se formou em agronomia. Na Casa Paciência mantêm-se as castas típicas da região — Fernão Pires, Tinta Roriz ou Trincadeira — tal como a estrutura da adega original, de 1962. No entanto, adicionaram-se castas com maior popularidade entre os consumidores contemporâneos, como Chardonnay, Syrah ou Cabernet Sauvignon, e a vinificação adotou as novas tecnologias.
Quinta da Atela (Alpiarça)
A história da Quinta da Atela remonta a 1346 e ao fundador D. Afonso Telo de Menezes, Conde de Ourém e de Barcelos. Em 2017, após ter sido doada a uma ordem religiosa, comprada, ocupada e depois restituída, a Quinta da Atela é adquirida pelos atuais proprietários, os administradores da Valgrupo. Com uma identidade totalmente renovada, impulsionada por Anabela Tereso, a quinta viu recuperados todos os seus edifícios, espaços e vinhas, e reformulada toda a gama de vinhos, o que culminou no projeto que hoje conhecemos. A propriedade totaliza 600 hectares, com 150 de vinha. Os monovarietais Casa da Atela, Quinta da Atela Reserva ou aguardente Vínica Velhíssima Capela da Atela, são apenas algumas das referências.
Quinta do Casal Monteiro (Almeirim)
Na Quinta do Casal Monteiro os métodos de produção tradicionais conjugados com proteção integrada das vinhas são a base da produção vitivinícola. Em 2009 uma nova geração abraçou a quinta e adega estabelecidas em 1979 e, modernizando os métodos produtivos e a tecnologia na adega. Diferentes castas e blends resultam em diferentes marcas dentro deste produtor, com o objetivo de chegar a vários públicos: com castas como Fernão Pires, Arinto, Alvarinho, Touriga Nacional, Syrah ou Cabernet Sauvignon produzem-se referências como Quinta do Casal Monteiro Grande Reserva, Forma de Arte ou Campo do Tejo.
Fiuza & Bright (Almeirim)
O fundador dos vinhos Fiuza ganhou medalhas nos vinhos, mas também nos Jogos Olímpicos: Joaquim Mascarenhas Fiuza foi bronze em Helsínquia, em 1952, nas competições de vela. Por essa altura já estava envolvido na produção de vinhos desde o início do século XX. A nova geração vem modernizando a marca, para se adaptar ao século XXI. Um novo visual chegou em 2015, mas também no interior das garrafas houve inovação, com os sucessivos testes de castas internacionais nestes solos ribatejanos e o seu cruzamento com castas nativas. O resultado são vinhos como Fiuza Reserva Premium, Fiuza Sauvignon Blanc, Fiuza 3 Castas Reserva e Colheita.
Adega Cooperativa de Almeirim (Almeirim)
Com 195 associados, 1200 hectares de vinha no total, a Adega Cooperativa de Almeirim está em atividade desde 1958. As suas castas brancas, particularmente Fernão Pires, estão plantadas junto às margens do Tejo, perto das lezírias; as tintas, estão pelo interior, nos solos arenosos da charneca. Com uma produção modernizada de vinte milhões de litros de vinho por ano, esta cooperativa é um dos maiores produtores do país. Os seus vinhos saem para o mercado com marcas como ACA, Cacho Fresco, Varandas, Lezíria ou Obelisco.
Falua (Almeirim)
Fundada no Tejo em 1994, a Falua tornou-se um dos principais protagonistas na indústria do vinho em Portugal, tendo expandido mais recentemente a sua presença para as regiões de Vinhos Verdes e Douro. Na região do Tejo tem uma das vinhas mais icónicas do país, a Vinha do Convento, onde as videiras crescem em solo repleto de calhau rolado, que foi outrora o leito do rio Tejo. A adega, em Almeirim, recebe visitantes e promove provas dos vinhos, bem como passeios às vinhas onde é possível perceber as características únicas deste projeto.
Quinta da Alorna (Almeirim)
Foi D. Pedro de Almeida Portugal, o I Marquês de Alorna e Vice-Rei da Índia, que batizou esta quinta. Foi uma forma de assinalar a sua conquista da praça-forte de Alorna, na Índia. A quinta está há cinco gerações na família Lopo Carvalho e com 2600 hectares - dos quais, 180ha de vinha - conjuga as atividades agrícola, florestal e vitivinícola. A sua diversidade de paisagens e a paixão pela sustentabilidade simbolizam-se na grande árvore centenária que recebe os visitantes e trabalhadores à entrada da quinta e que é conhecida por Bela Sombra, dada a sua dimensão e frondosidade.
Quinta do Casal Branco (Almeirim)
Está na mesma família desde 1775 e atualmente conjugam-se aqui, na perfeição, as mais reconhecidas castas portuguesas, como Fernão Pires, Castelão, Trincadeira e Touriga Nacional, com algumas famosas castas internacionais: Syrah, Merlot, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Alicante Bouchet. O resultado são 1100 hectares de terreno, dos quais 130ha têm vinha, que continuam a evoluir e a atualizar-se ao longo do tempo. Nos vinhos, Falcoaria é um rótulo icónico e lembra a história de um pombal e da prática da falcoaria aqui exercida durante a monarquia. Aqui nascem vinhos com frescos e elegantes como o Casal da Coelheira Private Collection Verdelho, ou concentrados e poderosos como o Mythos tinto, produzido a partir das vinhas mais antigas da herdade, com cerca de 35 anos.
Adega Cooperativa de Benfica do Ribatejo (Benfica do Ribatejo, Almeirim)
Fundada em 1957, esta cooperativa trabalha com os solos da charneca, menos produtivos, calcários e argilosos, e os solos de aluvião, na lezíria fértil do Tejo. Ao todo, os seus associados reúnem 500 hectares de vinha, com castas brancas como a incontornável Fernão Pires, ou a Boal de Alicante, Arinto,Tália e Vital, e outras tantas tintas: Castelão e Tinta Roriz são as predominantes.
Casa Cadaval (Muge, Salvaterra de Magos)
Casa Cadaval (Muge, Salvaterra de Magos), 5000 hectares de Terra, que se mantem na mesma Família desde 1648. Agregam uma grande diversidade de solos e de Identidades, coexistindo por entre o Montado; os Cavalos Puros Sangue Lusitano, a manada de Mertolengas, os campos agrícolas e a Vinha. Os solos da vinha, na Charneca, com origem em tempos remotos, do Delta do Tejo, permitem ter vinhos diferenciadores, que mostram uma identidade própria, associando uma grande frescura, mineralidade e elegância. 4 Séculos de História para Visitar e Descobrir.
Companhia das Lezírias (Samora Correia, Benavente)
A plantação da primeira vinha e a atividade vitivinícola deste território começaram em 1881, depois da Companhia das Lezírias ser fundada durante o reinado de D. Maria II. Hoje, este território faz parte da Reserva Natural do Estuário do Tejo e, além dos 130 hectares de vinha, tem 70 de olival e outros tantos para exploração agropecuária e florestal. A aposta da biodiversidade é uma forma de dar riqueza ao terroir e consequentemente aos produtos. O alojamento na Companhia das Lezírias, em bungalows de madeira e privilegiando o contacto com a natureza, é também uma das apostas deste produtor.
Alegre - Sociedade Agrícola SA (Santo Estevão, Benavente)
A Arte de produção dos Vinhos A MA+RU+FA, edifica-se no coração de Santo Estevão, Benavente, que emerge como uma nova e promissora “sub-região” produtora de vinhos. No seio de uma propriedade ímpar de 68 hectares, as atividades vinícolas são cuidadosamente desenvolvidas para transformar as uvas num vinho de excelência. Plantada desde 2009, a vinha de 8 hectares beneficia de condições singulares que propiciam um “terroir” que exibe características verdadeiramente excecionais. Da Vinha à adega, são aplicadas cuidadosas técnicas de produção que aprimoram a qualidade das uvas desde a poda em verde, à monda de cachos, ao enrelvamento na entre-linha e à rega gota-a-gota.
Os 150 quilómetros da Tejo Wine Route 118 ligam 15 produtores e todos têm as portas abertas para experiências na vinha e para provas. Basta contactar a Rota dos Vinhos do Tejo para marcar a visita:
- Rota dos Vinhos do Tejo
- Rua de Coruche 85, 2080-094 Almeirim
- T: 243 309 400 | M: 964 690 851
- rota@vinhosdotejo.pt
Pode escolher entre atividades tão diferentes como participar numa vindima, na pisa da uva ou até na apanha da azeitona, nos produtores que também têm olival. De Abrantes a Benavente, este caminho pode ter paragens em Constância, Chamusca, Alpiarça, Almeirim e Salvaterra de Magos.
Se gosta de bons vinhos, de regiões com tradição e de viagens com calma, esta rota é obrigatória na sua lista de escapadinhas para 2025.