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Imane Khelif derrotou a húngara Anna Luca Homori nos quartos da categoria de 66kg e já garantiu uma medalha nos Jogos de Paris-2024
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Imane Khelif derrotou a húngara Anna Luca Homori nos quartos da categoria de 66kg e já garantiu uma medalha nos Jogos de Paris-2024

Imane Khelif derrotou a húngara Anna Luca Homori nos quartos da categoria de 66kg e já garantiu uma medalha nos Jogos de Paris-2024

Notas 10 com ponto deduzido, uma assinatura, lágrimas e o grito "Eu sou uma mulher": a tarde surreal em que Imane ganhou a sua medalha

A claque da Argélia promoveu-a de heroína a deusa, Imane Khelif garantiu o pódio a lutar para ser apenas uma mulher normal: a história dos Jogos tem um nome e tudo o que se passou dava uma história.

Enviado especial do Observador em Paris, França

Esta é uma história que, em grande parte, não devia ser escrita. Esta é uma história num contexto que não deveria sequer existir. No entanto, esta foi a história que fez com que nos deparássemos com aquilo que até agora nunca tínhamos visto. Mais de uma hora antes de ser feita história, a bancada de imprensa da Nord Paris Arena estava cheia. Nem uma cadeira. O centro de imprensa da Nord Paris Arena estava cheia. Nem uma cadeira. A zona de cadeiras destinada a jornalistas, responsáveis de comunicação e demais credenciais com acesso estava cheia. Havia uma cadeira. E foi daí que vimos a “história” destes Jogos ser feita.

Em Tóquio, quando os Jogos foram realizados sem público e em “bolha”, a organização decidiu para facilitar o controlo de pessoas em cada recinto mudar a habitual logística de qualquer jornalista. Assim, todos podiam escolher até dez eventos para seguir por dia, colocavam num sistema interno e depois iam confirmando ou cancelando mediante as presenças. No nosso caso, foram raros aqueles que não tinham entrada permitida. Raríssimos mesmo. A prova de halterofilismo foi uma delas, no dia em que a primeira atleta transgénero Laurel Hubbard iria estrear-se na competição. Entre os 100 lugares disponíveis, sobravam 450 pedidos. Lá está, uma história que nem devia ser história mas que se tornou uma das histórias dos Jogos de 2020. Aqui, no mesmo modelo, os lugares até poderiam ser mais mas os pedidos arriscavam também ser o dobro.

Imane Khelif, da Argélia, é a protagonista. Depois de ter perdido nos quartos dos Jogos de Tóquio logo nos quartos com a irlandesa Kellie Harrington, a africana apostava forte na conquista de uma medalha em Paris, onde sabia ter grande apoio pela grande comunidade radicada num país que não está propriamente muito habituado a ter pódios nos Jogos. Sim, existia um contexto de polémica em torno da atleta de -66kg, mas tudo poderia passar ao lado caso a italiana Angela Carini não tivesse abdicado do combate da primeira ronda logo aos 46 segundos por considerar que estava a combater com alguém com “demasiada força”.

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“Entrei no ringue e tentei lutar. Queria vencer. Apanhei dois golpes no nariz e não conseguia respirar porque estava a doer muito”, registou aos jornalistas. Para mim não é uma derrota. Para mim, quando sobes para aquelas cordas, já és uma guerreira, uma vencedora. Apesar de tudo, estou bem com isto. Não penso que tenha perdido. Entrei no ringue, lutei, não consegui. Saio de cabeça erguida com coração partido. Sou uma mulher madura, o ringue é a minha vida. Sempre fui muito instintiva e quando sinto que alguma coisa não está bem, não é uma questão de desistir, é ter maturidade para parar e perceber que já chega. Podia ter sido o combate de uma vida, eu preferi apenas preservar a minha vida”, comentou a atleta transalpina.

Declarações da italiana Angela Carini após combate com Amine Khelif nos quartos foram o início da bola de neve de toda a polémica

As declarações trouxeram de novo à baila toda a polémica em torno de Imane Khelif, que tem uma situação semelhante à de Lin Yu-ting, de Taiwan. Em 2023, no último Mundial de boxe, ambas as atletas acabaram por ser proibidas de participar na competição que se realizou na Índia por “não cumprirem todos os critérios de elegibilidade”. Foi desta forma que a Associação Internacional de Boxe, que desde 2019 não é reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional (COI). “Tinham cromossomas XY e, por isso, foram excluídas de eventos desportivos”, justificou mais tarde o presidente da AIB, o russo Igor Kremlev. “Apresentaram ambas altos níveis de testosterona”, tinha dito antes o responsável, sendo que uma e outra ideia são bem diferentes. O que estava em causa? De acordo com a AIB, estava em causa o próprio sexo biológico da argelina.

O COI teve uma interpretação diferente do processo. “Todos os atletas que estão a participar no torneio de pugilismo cumprem todos os requisitos de eligibilidade, assim como todas as regulações médicas aplicáveis. As duas atletas competem há muitos anos em competições internacionais na categoria feminina, incluindo os Jogos de Tóquio-2020, os Campeonatos do Mundo e os torneios sancionados pela IBA. A atual agressão contra estas duas atletas baseia-se inteiramente numa decisão arbitrária, que foi tomada sem qualquer procedimento adequado, especialmente tendo em conta que competiram em provas de alto nível durante muitos anos”, justificou o órgão. “Estamos empenhados em proteger os direitos humanos de todos os atletas que participam nos Jogos. Estamos tristes com o abuso que as atletas estão a receber”, acrescentou.

Já este sábado, em declarações citadas pela Gazzetta dello Sport, a italiana fez um mea culpa. “Toda esta controvérsia deixa-me triste. Peço desculpa à minha adversária. Se o Comité Olímpico Internacional disse que ela podia lutar, então respeito essa decisão. Não era algo que queria fazer. Na verdade, quero pedir desculpa à Imane Khelif e a todos os que estiveram presentes. Estava chateada porque os meus Jogos Olímpicos tinham terminado. Se lhe daria um abraço se voltasse a estar com ela? Sim, claro”, referiu Carini. Poucas horas depois, e para colocar mais gasolina num lume que continuava a arder, a IBA anunciou que estava disposta a pagar à transalpina 50 mil dólares, o valor que receberia se ganhasse a medalha de ouro. O mesmo foi aplicado à usbeque Sitora Turdibekova, que perdeu também com Lin-Yu-ting, de Taiwan.

Factos: 1) Imane Khelif não é transgénero mas sim uma mulher cis, que se identifica com o género com que nasceu; 2) não existe qualquer informação oficial ou teste que fosse tornado público que a argelina tivesse de facto cromossomas XY; 3) o facto de a atleta africana ter níveis altos de testosterona não quer dizer por si que seja um homem. A partir daqui, tudo são conjeturas. As tais conjunturas que ganharam uma inexplicável dimensão no combate seguinte que teria nestes Jogos Olímpicos. E a partir daqui entramos numa realidade paralela a tudo o que já tínhamos visto em Paris desde que começou a maior competição desportiva global e que colocou partidos nacionais, o antigo presidente e atual candidato à liderança dos EUA, Donald Trump, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e até a escritora da saga Harry Potter, J.K. Rowling, a comentar um caso que já era muito mais do que isso. Este sábado lutava-se por mais do que uma medalha.

Omar Khelif, pai de Imane Khelif, com uma imagem da filha quando era pequena no telefone

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Regressamos ao momento em que, muito apertados, com a mochila entre as pernas e o computador no colo (com o telefone também inclinado porque a essa hora estava a terminar a prova de estrada do ciclismo e a ter início a final da trave na ginástica feminina), conseguimos um lugar na Nord Paris Arena. Do Stade de France onde se realiza o atletismo até ao local que recebe o boxe existe apenas uma paragem na linha de comboio mesmo sendo uma viagem ainda longa com mais de 15 minutos, saindo nessa paragem a entrada é talvez a mais próxima nestes Jogos. Por ali já tinham também entrado muitos adeptos para os vários combates que se iam realizando em diferentes categorias. Quartos dos 57kg masculinos, quartos dos 71kg masculinos, quartos dos 50kg femininos, quartos dos 66kg femininos. Cada vitória garantia de imediato uma medalha.

Questão? Como havia muitas nacionalidades, todos estavam já dentro do recinto. O norte-americano Omari Jones foi o primeiro a ganhar desde que chegámos para gáudio de vários adeptos dos EUA presentes, depois foi o usbeque Asadkhuja Muydinkhujaev a deixar alguns elementos com credenciais de staff que minutos antes iam quase comendo cigarros lá fora em festa, a seguir a chinesa Wu Yu também com direito a claque com várias bandeiras e buzinas como naquelas manifestações que cortam estradas, depois o cazaque Nazym Kyzaibay também com as tais pessoas do staff a atropelarem-se nos festejos, a seguir a tailandesa Janjaem Suwannapheng. Aí, vimos o caso mal parado na bancada: um elemento da Tailândia festejou mais alto quase em resposta a adeptos turcos que passaram o combate todo a puxar por Busenaz Surmeneli, os turcos ficaram a olhar de lado já a preparar outra festa nada olímpica e a sorte é que lá conseguiu sair dali…

Chegava, com um ligeiro atraso, o momento pelo qual todos esperavam. A autêntica claque qual futebol da Argélia do topo do nosso lado esquerdo já tinha dados sinais da presença, com dezenas de bandeiras do país (com duas da Hungria lá pelo meio sem feridos a registar, o que também faz parte da magia dos Jogos), mas a partir do momento em que estava Imane Khelif estava prestes a entrar em ação os decibéis mudaram e de que maneira, com cânticos de “Imane, Imane, Imane” que ecoavam por todo o pavilhão onde estavam mais argelinos espalhados. Até aquelas cadeiras mais à frente do ringue, que por norma são destinadas a convites ou quem não tem problemas em pagar mais, tinham um adepto com uma bandeira a fazer claque. Antes dos Jogos, era uma figura querida. Durante os Jogos, passou a heroína. Este sábado, foi elevada a deusa.

Adeptos da Argélia compareceram em massa na Sud Paris Arena, ficando depois à espera da sua heroína fora do pavilhão

A argelina, a combater de vermelho, entrou com aquela fúria de quem quer arrancar uma cabeça à próxima pessoa que lhe passe à frente. Não, não era apenas mais um combate. Khelif não teria a mínima ideia do que se passava por exemplo na zona de imprensa, com uma enchente sem precedentes, mas foi ganhando noção do impacto que o seu caso foi ganhando. Ia lutar por si, pelo país, por uma medalha. Contra a húngara Anna Luca Homori, contra tudo, contra o mundo. Entrada determinada, um salto, água para cara, água para a nuca e estava cumprido o ritual antes de colocar a proteção na cabeça e entrar em ação contra uma atleta magiar que trazia a lição possível estudada mas nunca mostrou habilitações para dar a volta.

A argelina ganhou todos os combates e, se dúvidas existissem (que não existiam), a forma como as direitas ou os contra-ataques de esquerda iam ganhando prolongamento na reação do público quase que empurravam a caneta das notas dos juízes escalados para o combate. Imane Khelif ganhou os três assaltos. No final do primeiro, o treinador, Mohamed Al-Shawa, optou sobretudo por dar indicações à sua atleta. Após o segundo, que a meio teve um episódio em que Homori conseguiu colocar um gancho mas a adversária ficou a dizer que não com a cabeça, o técnico foi massajando as coxas e os gémeos da atleta enquanto já se fazia a festa fora de ringue. No terceiro, marcado pelos vários agarrões mútuos de quem está cansado, era tempo de festa.

Até de longe era possível ver que a cara da húngara tinha ficado “amassada” (e quando passou pela zona mista sem falar a quem tem os direitos mas a parar onde estava a imprensa escrita magiar para falar apenas na língua materna). Khelif, o treinador e a restante equipa faziam a festa. Aquele sinal sonoro que assinala os últimos dez segundos de cada assalto iniciou as comemorações por ter assegurado uma medalha entre uma vitória por unanimidade que só por uma vez teve 10-8 em vez de 10-9 entre juízes da Mongólia, do Canadá, do Sri Lanka, dos EUA e da Argentina, sendo que teve também um ponto de dedução durante o terceiro e último assalto. Também por respeito, só quando Anna Luca-Homori saiu do ringue é que Imane Khelif extravasou a alegria: enviou beijinhos, fingiu que estava a assinar o tapete, deu um salto com os seus traços de Ronaldo sem Siiiiiii, apontou com os indicadores para baixo como que a dizer “Eu estou aqui”. Depois, caiu-lhe a ficha. A autêntica guerreira desfazia-se em lágrimas perante todo o contexto.

Os acessos dos atletas à zona mista depois dos combates não devem ser a coisa mais intuitiva do mundo. Já tínhamos visto logo no início um australiano aos abraços aos seus compatriotas numa zona onde só passava público, já tínhamos visto atletas a saírem do recinto por dois espaços diferentes, saímos com uma atleta a dar uma entrevista cá fora (neste caso já de banho tomado e equipada). Ali, eram as câmaras que faziam o caminho enquanto a equipa técnica protegia Khelif como se fosse uma daquelas estrelas com milhares de fãs que se querem chegar a ela para uma pergunta. Ainda houve mais um abraço emocionado a multiplicar as lágrimas a um responsável do boxe argelino, muita confusão. Nada com o que viria a seguir.

Mal dava para entrar na zona mista. O espaço destinado a quem tem os direitos (e pagou, bem, por isso) não teria menos de 200 jornalistas, todos com câmaras ou telefones na mão, em busca de uma reação da atleta. Ali, nem valia a pena arriscar fazer o que fosse, até porque Khelif ia falando apenas em árabe. Mais à frente, no espaço para imprensa escrita que podia ter menos pessoas mas não andaria assim tão longe do outro espaço, voltou a falar. Árabe, novamente. A cara era um misto de suor e lágrimas de quem dava o seu sangue para defender a honra. Quando acabou, todos ficaram a olhar uns para os outros: como era possível agora arranjar tradução? Uns minutos depois, pelos jornalistas ingleses, ela chegou e na frase que descrevia em quatro palavras tudo o que aconteceu antes e durante o combate: “Eu sou uma mulher”.

Imane Khelif não aguentou as lágrimas depois de lhe ter caído a "ficha": já garantiu uma medalha em Paris-2024

Uma pequena reflexão rápida, um puxar do filme atrás. Sim, está confirmado. Zonas mistas destas em que os atletas falam e havia esta confusão nunca encontrámos. Nem mesmo com Michael Phelps ou Usain Bolt, dois dos maiores ícones olímpicos, enfrentámos esta situação. O norte-americano tinha sempre as zonas mistas cheias mas não havia empurrões, as pessoas controlavam-se e o nadador respondia a duas/três perguntas feitas quase sempre por norte-americanos que estavam à frente com um microfone para toda a sala ouvir. O jamaicano, além de ter imensa paciência para ir parando ao longo do percurso, dava depois conferências com mais de uma hora de respostas. Mas ainda havia mais um capítulo neste autêntico filme.

Hassiba Boulmerka, primeira campeã olímpica da Argélia nos 1.500 metros de atletismo em Barcelona-1992, estava do lado dos jornalistas a falar enquanto secretária geral do Comité Olímpico da Argélia. Falou imenso tempo em árabe, depois outra vez em árabe, a pedido dos jornalistas ali (muitos nem se aperceberam do que se estava a passar e quem era a senhora) foi para o francês. “Isto foi uma vitória contra a injustiça, as pessoas não gostam de injustiças. Tudo o que fizeram foi uma falta de respeito mas agora é hora de dar os parabéns à Imane e saborear esta vitória”, atirou. Mais uma entrevista em árabe, agora para a BeIn Sports, mais umas palavras em francês, mais uma resposta em francês mas com tradução para inglês de um outro responsável do Comité da Argélia. Boulmerka, toda de preto e com um chapéu de palha na mão enquanto falava, queria vincar a injustiça mas colocando o foco na atleta. Só mesmo numa ocasião falou de si, quando um jornalista parecia não saber ao certo quem era e fez questão de falar do primeiro ouro que levou para o país.

Finalmente começava a haver alguma normalidade com o mesmo problema: não havia lugares numa sala de imprensa cheia, sendo que também só aí percebemos que havia uma segunda sala por cima e que também estava cheia como não poderia deixar de ser. Cá fora, em mais uma imagem a que não estamos habituados a ver em Paris, pelo menos uma centena de adeptos continuava à espera da africana para um último momento de consagração. A gritar o nome de Imane, a dar várias entrevistas para meios internacionais até as pessoas responsáveis pelo recinto pedirem para ser mais afastado dali porque a atleta também não passaria ali, a fazer fotografias com as bandeiras da Argélia e as camisolas de Mahrez. Segunda-feira vai haver mais.

Imane Khelif tem estado debaixo de todos os holofotes ainda por algo em que não tem “culpa”. Se não fosse todo o caso protagonizado depois do combate com a italiana, era apenas uma argelina de 25 anos que nasceu numa zona mais rural a norte do país, que começou a jogar futebol, que aceitou a discordância do pai em relação ao boxe mas não deixou de fazer todos os dias viagens de dez quilómetros para fomentar a paixão que “alimentava” também a vender ferro velho para ter dinheiro para os autocarros. Começou por fazer carreira como amadora, despertou depois o interesse dos responsáveis da modalidade, perdeu os primeiros cinco de seis combates como profissional. Agora, num ano em que se tornou também uma das embaixadoras da UNICEF, Imane vive o remake em larga escala do que considerou ser uma “grande conspiração”  quando falhou os Mundiais de 2023 mas assumiu o papel de personagem principal por fazer só o que mais gosta.

 
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