Olá

869kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

i

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

O calor do debate, o bicampeonato do Sporting e a geringonça da mercearia. Os bastidores do debate da Rádio

A relação de Rui Tavares e Paupério e o plano secreto de Tânger provocaram os maiores consensos nos apartes do debate. A temperatura da sala foi, literalmente, questionada. Cotrim contestou tempos.

Há um antes e depois do debate em que o ambiente é, por norma, mais descontraído. Mas é também onde se começam a firmar divergências, não necessariamente políticas. No estúdio onde decorreu o Debate da Rádio esta segunda-feira, houve uma aliança no espaço não-socialista pelo ar condicionado: João Cotrim Figueiredo, da IL, e Sebastião Bugalho, da AD, queixaram-se que estava “muito calor” na sala e pediram que o ar fosse refrescado. O cabeça de lista da CDU não perdoou: “Podemos dizer que é a direita com medo do calor do debate“.

João Oliveira foi, aliás, enviando vários apartes, como: “Há uma modinha alentejana que é parecida”. Mas o único que motivou resposta direta foi o momento em que decorria o teste de som. O candidato comunista atirou: “Viva o Sporting, vamos ao bicampeonato“. Sebastião Bugalho, quando o sentido dos ponteiros do relógio passou por ele, respondia: “Vou dizer Benfica, para contrariar ali o João Oliveira”. Já Marta Temido, optou pelos mais ortodoxos dias da semana: “Segunda, terça, quarta”. O que motivou uma tirada na ala direita: “Estamos quase no domingo”. E, num dueto de palavras improvisado, Catarina Martins respondeu: “Já faltou mais”.

Antes de se instalarem, mais do que a tempo, na sala de debate, os candidatos foram chegando em tempos diferentes. O primeiro a chegar foi João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, que aproveitou a presença de um dos moderadores no elevador para aplicar uma velha brincadeira que tem com jornalistas antes das entrevistas/debates: “Então quais são as perguntas?” Para isso teve mesmo de esperar. O último a chegar foi António Tânger-Corrêa, mas a tempo e horas.

Catarina Martins e João Oliveira acabariam por chegar à mesma hora e desceram juntos a estrada entre o estacionamento e o estúdio. Chegaram a conversar e, pelo curto caminho, pararam mesmo alguns segundos antes de seguirem caminho. No estúdio, acabariam por ficar sentados um ao lado do outro. Durante o debate, a candidata do Bloco disse que o modelo defendido por João Cotrim Figueiredo permite que “um gigante tecnológico pague menos impostos que uma mercearia”. João Oliveira pediu direitos autorais: “Pegou no exemplo do PCP“. Ao que Catarina Martins respondeu: “Com muito gosto”. E o comunista acrescentou: “Quando são bons, são para usar”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Apesar disso, o candidato comunista ainda voltaria ao assunto para lembrar que o Bloco já está a usar os exemplos do PCP, ao que a candidata do BE respondeu de imediato: “Nós somos sempre pela convergência, quando ela é possível”. Estava encontrada a “geringonça” da mercearia.

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Os “BFF” e a reclamação de Cotrim

Ao longo do debate houve alguns momentos que motivaram a risada geral. Um deles foi quando Tânger-Corrêa disse que ainda iam ficar todos surpreendidos com o “plano secreto” que tem com norte-americanos para revitalizar a economia portuguesa. Outro momento foi quando Francisco Paupério disse que os outros líderes estavam mais presentes na campanha porque “talvez não confiem tanto nos candidatos” como o fundador do Livre confia nele. “É um bem-disposto o Francisco. Está cada vez mais político”, comentou Bugalho. “São BFF [Best Friends Forever]”, atirou João Cotrim Figueiredo.

Também durante o debate, o candidato do PAN chegou a queixar-se que os seus apartes eram desvalorizados, sugerindo que o microfone estava mais baixo do que o dos restantes — o que não era verdade. Pedro Fidalgo Marques atirou então aos “donos do microfone“, queixando-se que já tinha tido “interjeições” que não eram “ouvidas em casa”. E rematou:”Já fiz aqui reparos em que sou ignorado.”

Os candidatos foram tendo muitas oscilações de tempo, com Francisco Paupério e João Cotrim Figueiredo a serem os que falaram menos tempo. São também os que são mais disciplinados a falar, numa espécie de pitchs políticos. No fim do debate, na zona mista do debate, o candidato liberal acabaria por queixar-se dos moderadores e discrepância de tempos entre ele (09m57s) e o candidato que teve mais tempo (João Oliveira, com 14m28s). Ainda assim Cotrim falou mais que Paupério (09m38s). Comparando com Sebastião Bugalho, por exemplo, Cotrim falou menos 52 segundos.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

No pós-debate, os candidatos foram encaminhados para uma zona de entrevistas rápidas, que decorreu a alguns metros do estúdio do debate. Foi nesse local que as comitivas tinham assistido ao debate, pelas televisões, e direito a catering. Balanço: alguns sorrisos, uma cafeteira vazia (eram duas) e dezenas de água bebidas, poucos mini-guardanapos (o bolo) e apenas um mini pastel de nata. E, claro, as típicas reclamações pela ordem escolhida para os candidatos falarem. Se todos reconhecem que na Europa é difícil agradar a 27, também não é fácil que as oito comitivas saiam contentes de um debate.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.