Uma história sem fio condutor com uma narrativa pouco convencional: foi assim que o autor conquistou o seu lugar nos tops de vendas de Portugal, México, Itália e Brasil.
Pedro Chagas Freitas não nega que “as próprias pessoas da editora demonstraram receio” em apostar num livro “disruptivo, arriscado, perigoso”. Mas o já então autor de 19 livros publicados sabia que este era aquele que “melhor o representava na altura” e que, para apostar no seu “primeiro livro de grande distribuição”, que os seus leitores pudessem encontrar facilmente e com que se pudessem identificar, “tinha de ser aquele”, afirma o escritor.
Ao Observador, o autor vimaranense descreve-se como alguém que “sempre se interessou por ver o mundo ao contrário”, tentando perceber “quem somos por detrás da máscara que todos os dias usamos”, afirmando que foi essa ideia que procurou explorar em “Prometo Falhar”, a ideia de que “o erro é o encontro connosco”, acrescenta.
Do lado dos leitores, as opiniões dividem-se: Pedro Chagas Freitas nunca foi um nome consensual no panorama literário português. Quando questionado sobre isto, o autor assegura que “a unanimidade é oca” e que continua a escrever o que lhe apetece, não se deslumbrando com as coisas boas nem ficando triste com as coisas más.
Além dos mais de 40 livros que já publicou, o escritor português procura “oferecer o que não lhe foi oferecido” quando estava “do outro lado”. Para isso, inventou jogos de escrita, cria e coordena workshops de escrita criativa e organiza oficinas de criação e publicação de obras.
Sobre a edição comemorativa do livro que, segundo o autor”, “mexe com os fios do que somos”, levantamos, desde já, o véu: o leitor pode esperar textos inéditos, mas também um best of dos textos da edição original, aos quais se juntam ilustrações de Tiago M. (autor de ilustrações de livros como «No meu bairro»), que Pedro Chagas Freitas caracteriza como “espetaculares, lindas mesmo”.