Um bom copo de vinho é capaz de fazer as delícias de qualquer momento. Branco ou tinto, a preferência não importa quando aquilo que estamos a fazer é festejar. Percorrer a Rota dos Vinhos Verdes é, não só uma celebração, como também a descoberta das nossas origens, deste o sabor da herança vinícola à própria história do país.
Do Minho ao Rio Vouga, as paisagens são verdes e dividem-se em pequenas parcelas, que não deixam enganar quem por aqui passa. Nesta que é uma região assumidamente vinícola, a paixão por esta arte faz-se sentir até mesmo quando nos limitamos a admirar a beleza da paisagem. Mas percorrer esta Rota não pode ser apenas tarefa do olhar, se veio até aqui é altura de colocar o paladar em ação. E boas razões para o fazer, não faltam!
A primeira de todas é que este é um vinho único no mundo. Produzido exclusivamente na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, no Noroeste de Portugal, é reconhecido pelo seu sabor, conseguido através de castas autóctones que garantem a preservação de uma tipicidade de aromas e sabores. Ao atrever-se a prová-lo, embarcará numa viagem pelo património cultural, pela natureza, pela gastronomia e pelas experiências que poderá encontrar nesta zona do país.
Braga, Guimarães, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Caminha, Soajo, Lindoso, Ponte da Barca, Sistelo…a lista é longa, mas estas são algumas das localidades que poderá ficar a conhecer melhor, na altura de se fazer à estrada. É caso para dizer que, se precisava da desculpa perfeita para sair de casa, esta é a sua. No fundo, a Rota dos Vinhos Verdes assume-se como uma verdadeira experiência e pode tornar-se no passeio perfeito em família. Desde visitar vários pontos do país a perder-se pelos encantos da sua gastronomia, as possibilidades são imensas.
Percorrer a Rota dos Vinhos Verdes é…experimentar
Experimentar é a palavra de ordem quando o objetivo é aventurar-se pela Rota dos Vinhos Verdes. Boa comida, bons encontros, vinhos excelentes para acrescentar à garrafeira, atividades enoturísticas…a escolha é sua! Durante todo o ano pode conhecer os vários aderentes da Rota, fazer passeios de canoa, de bicicleta, visitas botânicas, ginástica, pintura na vinha, ofertas de alojamento, provas de vinhos, picnics, SPA, passeios de jipe, percursos pedestres, e muito mais. . Em cada uma das visitas, foi possível caminhar na vinha, conhecer o modo de vindima e produção do vinho e, claro, provar! No centro da cidade Porto é possível visitar a Casa do Vinhos Verde, que incluem uma prova de dois Vinhos Verdes pelo valor de 5 euros. Aproveite para marcar a sua visita, que pode ser feita aos Sábados, aqui.
Para além destas atividades, pode ainda aproveitar a Rota para visitar alguns museus. Nesta Região, poderá encontrar espaços totalmente dedicados aos Vinhos Verdes e às suas castas, histórias, território, e às suas gentes. O Centro de Interpretação e promoção do Vinho Verde, em Ponto de Lima; e o Museu do Alvarinho, em Monção, são paragens obrigatórias. Estes dois espaços emblemáticos situam-se no coração das castas Loureiro na sub-região de Lima; e Alvarinho, na sub-região Monção e Melgaço. Dentro destas duas sub-regiões, desde Ponte de lima até chegar a Melgaço, há uma panóplia de sabores, perfis e aromas para brindar. Os vinhos tintos na malga, os espumantes e os vinhos brancos com a casta Alvarinho, ou a frescura dos vinhos brancos com a casta Loureiro, são alguns dos vários exemplos de perfis de vinho que pode encontrar nesta zona da Região.
O Alto Minho distingue-se, ainda, pela diversidade do seu património histórico e arqueológico. Para além dos museus, a arquitetura civil e religiosa é outra grande atração. Afinal, não há em Portugal região alguma com tantos monumentos e património classificado como esta. Assim, seria um desperdício passar por aqui e não ficar para ver, por exemplo, o Mosteiro do Ermelo, em Arcos de Valdevez; a Igreja Matriz de Caminha; o Castelo de Melgaço; o Palácio da Brejoeira, em Monção; a Via Romana XIX, em Paredes de Coura; a Ponte Medieval, em Ponte da Barca; os Miliários da Via Romana, em Ponte de Lima; o Convento de Sanfins, em Valença; a Citânia de Santa Luzia, em Viana do Castelo; ou o Couço de Monte Furado, em Vila Nova de Cerveira. Com sorte, se vier na altura certa do ano, sobrará ainda tempo para terminar o dia a dar um passinho de dança numa das festas populares da região. Sempre com um bom copo de vinho a acompanhar, é claro.
Como vê, sair de casa para se aventurar pela Rota dos Vinhos Verdes é muito mais do que uma simples degustação. É uma viagem pelas origens, pelos pratos, pelas festas, pela história e pelas experiências. Serão ótimas recordações, porque não brindar a isso?
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