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Depois da Toca da Raposa, Constança Raposo Cordeiro lança o seu segundo projeto em Lisboa.
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Depois da Toca da Raposa, Constança Raposo Cordeiro lança o seu segundo projeto em Lisboa.

Depois da Toca da Raposa, Constança Raposo Cordeiro lança o seu segundo projeto em Lisboa.

Uni: o luxo do futuro está no novo cocktail bar de Constança Cordeiro

Futurista, confortável, quente e limpo. É assim que Constança representa o futuro no seu novo bar em Lisboa. A carta inclui 10 invenções com dezenas de ingredientes nunca revelados. São como perfumes.

“Sou viciada em beleza”, confessa Constança Cordeiro. Nesse momento, chega o limpa palato, a repousar numa peça branca Studio Neves. O amuse bouche que nos apura o sentido nem era para fazer parte da experiência, mas, ao descobrir a obra criada pela dupla de ceramistas, Gabi e Alex, a especialista em coquetelaria não resistiu. Merecia ser contemplado, e assim foi.

Estamos no Uni, o novo cocktail bar de Constança, que, depois de um arranque de carreira em Londres, se estreou e consolidou em Lisboa com a abertura da Toca da Raposa, bar de cocktails em tudo diferente daquele em que nos encontramos. A começar pela aparência. O primeiro é escuro, o segundo é claro — a noite e o dia, duas energias opostas, que se complementam, qual Yin e Yang. O novo cenário leva-nos também para o universo paralelo criado por Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo, algures para fora da esfera do real.

O espaço contou com a colaboração do XXXI Studio, da Softock, da Behind Bars e de Manuel Tainha.

A máxima da filosofia chinesa poderia ter sido o ponto de partida, mas não — a narrativa de Huxley faz até mais sentido. “Como é que vai ser o luxo do futuro?”, pensou Constança. “Um espaço confortável, uma energia quente e limpa”, conclui.

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Pensado pelo gabinete XXXI Studio, nasce assim esta pequena sala de tons monocromáticos, neutros, claros e marmoreados, onde os padrões dão lugar às  texturas. A peça central  é o bar de formas irregulares e tampo espelhado que — da autoria de João e Carolina Parrinha, da Softock, com a norueguesa Behind Bars — senta, em seu torno, nove pessoas.

As cortinas brancas cobrem a totalidade das paredes e não deixam ver portas ou bastidores. O teto, maioritariamente branco, conta com a assinatura de Manuel Tainha e inclui vestígios de curcuma, chá preto e pigmentos de cor em PVC. “Primeiro cobriu a tela, que ficou espessa, e, depois, o trabalho passou por remover”, detalha Constança.

A carta do Uni inclui apenas dez opções de cocktails.

Bem-vindo ao “Constança Show, tous les jours”

No centro da ação, está sempre a proprietária e autora do menu que, para já, conta com dez opções de cocktails. “É o Constança Show, tous les jours”, brinca. O espetáculo começa sempre com um copo de água que, juntamente com o limpa palato, permite ao espetador desfrutar em plenitude do que aí vem.

Os componentes necessários para criar os cocktails estão sempre perto de si, totalizando 14 garrafas, que encerram em si um total de 80 componentes. Isto porque — partindo das frutas, plantas, botânicos, minerais e cereais nacionais — os cocktails são criados com entre dez a quinze ingredientes, contrariamente aos da Toca da Raposa, onde se aposta em cerca de quatro.

No Uni as composições nunca são reveladas e muito dificilmente são decifradas. A complexidade da bebida é semelhante à lógica de um perfume: provocar sensações e criar um sabor único, independente da matéria-prima que o forma. É o uniflavour, termo que dá origem ao nome do novo espaço, no número 204 da Rua do Século, junto ao jardim do Príncipe Real.

Cada cocktail inclui até 15 ingredientes que, juntos, formam um novo sabor. Constança Cordeiro vai ser presença assídua no Uni, aberto de quinta-feira a domingo.

Assim, ao cliente cabe a tarefa de escolher a partir do tipo de sabor que deseja, característica que, na carta, constitui a descrição de cada bebida. O Nupit é floral, aromático, frutado e fumado; o Rue é agridoce, herbal, fresco, borbulhante; o Dykaito é frutado, terroso, guloso. O Benae Jessa, bebida cor de rosa vivo, uma das criações visualmente mais atraentes, é mineral, ácido, selvagem, excêntrico. Neste caso, ficamos a saber depois que é a pitaia que lhe atribui o tom e que o perfume tem na sua lista de ingredientes algas, fermentado de kiwi e arroz tostado.

O processo criativo de Constança não está vedado por regras, passando o principal por “desconstruir a fórmula clássica de cocktail”. Para isso, contribui a reconhecida adição pelo belo: “Para sair da formulação, foquei-me muito em cores. Queria uma bebida preta, pensei em goma de alcaçuz”, exemplifica. Com o início fechado, é ir acrescentando, seguindo um processo que mistura, não só conhecimento e técnica, como instinto. Às vezes, é o olfato que lhe desperta a criatividade: “No outro dia cheirou-me a relva molhada e pensei: ‘Relva, maçã Fuji, barro branco.’

O início da experiência começa com um limpa palato e termina com gomas, ambos servidos em peças Studio Neves.

A aparência das criações de Constança segue a lógica do espaço. As bebidas recusam adornos, e, assim, excluem-se as pétalas ou as espumas. Ficam as texturas em estado líquido, que dão destaque às cores e aos copos únicos. A carta, exclusivamente dedicada aos cocktails, será alterada conforme for sentido essa vontade e necessidade. Cada bebida tem o valor de 16€. A viagem termina novamente com o Studio Neves, agora com gomas para adoçar o regresso ao presente.

O Uni está aberto quatro dias por semana, de quinta-feira a domingo, das 18 horas às 2 horas. Com o espaço limitado a nove lugares, é sempre melhor fazer reserva online.

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