A Tese

A coordenadora do Bloco de Esquerda apresentou números do líder do PS atacar as propostas deste partido para a Segurança Social. Catarina Martins argumentou não só que os pensionistas vão ter menos dinheiro, como usou o verbo cortar quando se referia ao congelamento das pensões até 2019.

Os factos

  • No estudo do impacto financeiro do programa eleitoral do PS, feito pelo próprio partido, o PS estima que o congelamento das pensões, com exceção das pensões mínimas, dê uma poupança de 1.660 milhões de euros para as contas do Estado.
  • A líder do Bloco de Esquerda fala em corte, o líder do PS fala em não aumento.
  • O PS não apresenta, de facto, um corte, mas o não aumento representa uma perda de rendimento real caso exista inflação, como é esperado que aconteça.

Conclusão

Praticamente certo. A coordenadora do Bloco de Esquerda recorreu aos documentos do PS e neles, de facto, é estimada uma poupança de 1.660 milhões de euros com o congelamento das pensões, com exceção das pensões mínimas, entre este ano e 2019. Existe, sem qualquer atualização como é proposto pelo PS, uma perda de rendimento para os pensionistas caso exista inflação, e é o que se prevê que aconteça, pelo menos, nesta altura. A perda de rendimento não significa, no entanto, um corte face ao que os pensionistas recebem agora e a diferença na linguagem pode dar a entender isso mesmo, apesar de a líder do BE insistir mais vezes na explicação certa: que os pensionistas perdem rendimento através deste congelamento.

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