Circula nas redes sociais a história que conta como Arnold Pointer e Cindy desenvolveram um “afeto mútuo” depois do pescador australiano salvar o tubarão fêmea da morte, ao libertá-lo de uma rede de pesca. As publicações acrescentam ainda que, depois de ser salvo, o tubarão segue o barco do pescador para todo o lado há mais de dois anos. Algumas partilhas vão até mais longe e acrescentam uma declaração do pescador: “Quando eu paro o barco, ela vem em minha direção, vira para o lado e me deixa acariciar-lhe, rosna, fecha os olhos e agita suas barbatanas felizmente”. Toda a história não passa de uma mentira de 1 de abril.
A história foi inventada pela revista Le Magazine des Voyages de Pêche, uma publicação francesa sobre pesca. Na edição de abril de 2006, e em jeito de partida do dia das mentiras, a revista publicou a história de Pointer e Cindy. Dois anos mais tarde, em 2008, a história começou a circular numa apresentação de power point via e-mail e também no YouTube como se fosse verídica. O vídeo tem mais de 1,7 milhões de visualizações.
As fotografias utilizadas tanto na revista como na maior parte do vídeo, são da autoria de uma organização sem fins lucrativos (ONG) da África do Sul, a White Shark Trust, que se dedica a estudar e a fazer visitas em alto mar para ver tubarões brancos. Os momentos foram captados durante essas visitas.
Conclusão
A história do pescador australiano Arnold Pointer e Cindy, o tubarão branco que salvou, é falsa. Tudo não passou de uma brincadeira que a revista francesa Le Magazine des Voyages de Pêche fez com os seus leitores para assinalar o dia das mentiras, na edição de abril de 2006. A mentira ganhou outras dimensões em 2008, quando a história começou a circular via e-mail e também no Youtube. A maioria das fotografias utilizadas são de uma ONG sul africana, que se ocupa a estudar tubarões brancos e a organizar visitas à espécie.
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.