Seria uma má notícia para muitos fãs de Taylor Swift. Uma série de publicações nas redes sociais asseguram que a cantora norte-americana, que apoiou a candidatura de Kamala Harris, decidiu cancelar espetáculos nos estados que deram a vitória a Donald Trump, supostamente explicando que não poderia, de acordo com a sua consciência, “trazer música a sítios que apoiam líderes divisivos e regressivos”.

Esta publicação traz uma grande quantidade de detalhes sobre a suposta decisão de Taylor Swift, que teria sido anunciada numa “publicação emotiva no Instagram”. Segundo este texto, Swift já estaria a provocar a reação de “milhões de fãs” — uns com “aplausos”, outros “indignados” — ao dizer que esta seria uma decisão “pessoal e dolorosa”: “Sendo uma pessoa que acredita na igualdade e no amor, simplesmente não posso atuar em estados em que estes valores não sejam assegurados. Encorajo todos os meus fãs a pensar no mundo que estamos a construir e em como podemos criar espaços para a união e o progresso.”

Só que o “abandono” por parte de Swift dos seus fãs republicanos, como descreve esta publicação, nunca aconteceu. Desde logo, porque a cantora norte-americana não reagiu em nenhuma das suas contas nas redes sociais às eleições e à vitória de Donald Trump.

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Não há registo de qualquer reação às eleições norte-americanas, muito menos do cancelamento de espetáculos (que, de acordo com o calendário que sempre esteve previsto, já não voltaria aos Estados Unidos durante esta digressão).

Após o debate televisivo que opôs Donald Trump e Kamala Harris, Taylor Swift, que tem um histórico de apoio a candidatos democratas, tinha feito uma publicação no Instagram em que confirmava que votaria em Kamala Harris e o seu candidato a vice-presidente, Tim Walz. Nessa altura, explicava que a candidata democrata defendia as causas e direitos em que acredita e que lideraria o país com “calma, e não caos”, e que o candidato a vice-presidente a impressionara pela sua defesa dos direitos LGBT, fertilização in vitro e os direitos das mulheres a tomar decisões sobre o seu próprio corpo.

Swift incentivava ainda os fãs a pesquisarem sobre os candidatos e a fazerem as suas próprias escolhas e assinava com uma provocação: “Taylor Swift, mulher com gatos e sem filhos”, depois de o vice-presidente eleito dos EUA, JD Vance, ter descrito assim as mulheres que lideram o Partido Democrata.

Conclusão

Taylor Swift não reagiu publicamente, em nenhuma plataforma, aos resultados das eleições norte-americanas. A última publicação no seu Instagram foi feita precisamente na véspera desse dia, e incluía um lembrete da cantora para que os seus fãs fossem votar.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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