Tudo ficou focado num ponto e só num ponto. O Ministério Público acusou a Benfica SAD, Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves de um crime de corrupção ativa (além de fraude fiscal qualificada), com tudo o que isso poderia encerrar depois a nível de sanções desportivas. O alegado esquema, com cedência de jogadores ao V. Setúbal para permitir injeção de dinheiro e para obter depois vantagens desportivas através da manipulação de resultados de jogos, foi descrito como “infundado” pelos encarnados, “sem fundamento” pelo ex-líder e “surreal” pelo antigo assessor jurídico, mas nem por isso deixou de ser um “terramoto” na Luz. Abalou, podia ter sido pior. E tão ou mais importante do que perceber as razões que motivaram a acusação deixando de fora Rui Costa ou Domingos Soares de Oliveira é analisar os seis casos ligados às águias que acabaram por ser agora arquivados – dos alegados indícios que existiam ao porquê de não terem resultado em nada.

No Sporting, o principal foco tem entroncado em Hugo Viana, diretor desportivo que vai assumir funções no Manchester City a partir da próxima temporada. A sucessão está desenhada em termos internos, com o regresso de Bernardo Palmeiro ao clube como diretor geral e a “promoção” na hierarquia de Flávio Costa, atual diretor de scouting, mas permanecem as dúvidas sobre mais eventuais saídas que possam acontecer em 2025/26. Para Rúben Amorim, técnico dos leões com contrato até ao final da próxima temporada, não há dúvidas: a saída da pessoa mais próxima que tinha em Alvalade não significa que também vá deixar a formação verde e branca e, mais importante do que isso, o estado de maturidade atual do clube, “com um método, uma ideia, um processo e uma visão”, permite que “o Sporting só precise dos seus adeptos”.

Depois da paragem para as seleções, com Portugal a ganhar na Polónia e a empatar sem golos na Escócia para manter a liderança do grupo A1 mas ainda sem a qualificação para os quartos da Liga das Nações, as provas nacionais regressam com a terceira eliminatória da Taça de Portugal, que terá no seu quadro de encontros Portimonense-Sporting (sexta-feira, 20h15), Belenenses-Gil Vicente (sábado, 11h), P. Ferreira-V. Guimarães (sábado, 16h15), 1.º Dezembro-Sp. Braga (sábado, 17h30), Pevidém-Benfica (sábado, 20h15), Sintrense-FC Porto (domingo, 17h) e Varzim-Boavista (domingo, 18h45). Pode ver aqui toda a lista de jogos.

Durante a semana regressam as competições europeias. Na Champions, o Sporting joga na Áustria frente ao Sturm Graz na terça-feira (20h), dia em que há também Real Madrid-B. Dortmund e PSG-PSV (20h), ao passo que o Benfica recebe na Luz o Feyenoord na quarta-feira à mesma hora do Barcelona-Bayern e do RB Leipzig-Liverpool (20h). Na Liga Europa, o Sp. Braga joga no Minho com o Bodo/Glimt (quarta-feira, 15h30) e o FC Porto defronta no Dragão o Hoffenheim ao mesmo tempo do reencontro de José Mourinho com o Manchester United pelo Fenerbahçe (20h). Por fim, na Liga Conferência, o V. Guimarães viaja até à Suécia para medir forças com o Djurgärden (quinta-feira, 17h45). De recordar que, nesta fase, Portugal é o país com melhor classificação do ranking da UEFA, com as equipas nacionais a somarem 6.800 pontos.

Nas modalidades, o grande destaque nacional vai para o Campeonato do Mundo de ciclismo de pista, que decorre na cidade dinamarquesa de Ballerup sem Iúri Leitão mas com a participação de cinco portugueses e com destaque para as provas de omnium (Maria Martins esta sexta-feira, Rui Oliveira no sábado), madison (Rui e Ivo Oliveira no domingo às 14h50) e pontos (Diogo Narciso esta sexta-feira, 17h32). Nota ainda para o Grande Prémio da Austrália em MotoGP ainda sem a participação de Miguel Oliveira (sprint no sábado às 5h, corrida no domingo às 4h), para o Grande Prémio dos EUA em Fórmula 1 (sprint no sábado às 19h, corrida no domingo às 20h), para a Supertaça de hóquei em patins entre FC Porto e Barcelos (sábado, 17h30) e para as maratonas da Cidade do Cabo e de Amesterdão numa fase em que os recordes mundiais continuam a cair, neste caso com a queniana Ruth Chepngetich a fazer 2.09.57 na maratona de Chicago.

Por fim, a “verdadeira” Last Dance de Rafa Nadal num torneio individual de ténis, neste caso para discutir o terceiro e quarto lugares da Six Kings Slam, na Arábia Saudita, com a reedição do maior duelo de sempre na Era Moderna frente a Novak Djokovic depois da derrota com Carlos Alcaraz (sábado, 17h30). Referência também para os amantes de basquetebol, sobretudo aqueles capazes de fazer das madrugadas as melhores horas do dia para seguir desporto: arranca na próxima quarta-feira a fase regular da NBA, com os campeões Boston Celtics do português Neemias Queta a receberem em clima de festa os New York Knicks (00h30).