Em finais de agosto do ano transato, tive a oportunidade de, neste mesmo jornal, tecer alguns comentários sobre o que se estava a passar no Afeganistão a partir da perspetiva da comunidade Ortodoxa Russa (cOR). Não tendo querido incorrer no risco de pensarem que eu seria uma qualquer Cassandra ou, pior ainda, um novo Ingólfur, limitei-me a deixar no ar que o Estado russo, intimamente ligado à cOR, estava imensamente preocupado com a, já então consumada (embora imensamente debatida), autocefalia (algo como, com alguma flexibilidade conceptual, “autogoverno”) da comunidade Ortodoxa Ucraniana (cOU).
Embora estas presentes palavras possam passar de novo perfeitamente desapercebidas, no meio do corrupio de pareceres mais avalizados do que os meus, parece-me oportuno, como teólogo, tentar dar a conhecer uma relevante, mas grandemente ignorada, dimensão do que presentemente está a ocorrer (com dor, devastação e luto) na Ucrânia. Refiro-me à vertente religiosa.
A estrutura canónica e eclesial da Ortodoxia decorrente da Igreja Cristã Bizantina foi-se consolidando e centrando ao redor de um conjunto de comunidades autocéfalas [autogovernadas] mais ou menos extensas – seja a nível geográfico, seja a nível populacional. De uma delas, a comunidade Ortodoxa de Constantinopla (cOC), surge a progressiva conversão ao Cristianismo Ortodoxo dos habitantes rus’ de Kiev, conversão essa consumada em finais do séc. X. Com a crescente perda de importância e poder da cidade de Kiev, os metropolitas da comunidade Ortodoxa dos rus’ – que, até então, tivera a sua sede em tal urbe – deslocam o seu mais importante centro eclesiástico para outros locais e, finalmente – em meados da primeira metade do séc. XIV –, para Moscovo.
Com a queda de Constantinopla, a meados do século XV e às mãos dos invasores maometanos otomanos, a dita metrópole eclesiástica foi tornando-se cada vez mais autónoma face à comunidade Ortodoxa de Constantinopla (cOC) e ao seu Patriarca, a ponto de ter instalado, como Metropolita de Kiev e de Toda a Rússia (repare-se na ordem das palavras deste nome) e sem o consentimento de tal Patriarca, um bispo não-alinhado com a comunidade Ortodoxa de Constantinopla (cOC). Deste momento em diante, e embora sem um reconhecimento canónico oficial, passou a existir uma independência de facto da comunidade Ortodoxa (cO) moscovita face à comunidade Ortodoxa de Constantinopla (cOC), a qual, não obstante, procurou manter uma certa influência através da sua presença em Kiev, onde passou a ter que conviver com a comunidade Ortodoxa Russa (cOR).
A mencionada influência durou poucos decénios, e, em finais do séc. XVII – já depois de consolidada a teoria que afirma que Moscovo é como a “Terceira Roma” –, o Patriarca de Moscovo (designação que só surge a finais do século XVI) passa a ser tido como o titular da sede patriarcal de Moscovo e o líder da comunidade Ortodoxa Russa (incluindo nesta, por anexação, algumas zonas que existiam em território que, até há poucos dias, era parcialmente ucraniano). Mas não só: obtém, igualmente e através de pagamentos de favores eclesiásticos ao Patriarca Dionísio IV de Constantinopla e graças a uma carta sinodal assinada por este, o direito, até então na posse do líder da comunidade Ortodoxa de Constantinopla (cOC), de consagrar o Metropolita de Kiev, conquanto este reconhecesse estar na direta dependência do Patriarca de Constantinopla – o que, na prática, nunca terá ocorrido. Eis algo que, em derradeira análise, reduziu a metrópole de Kiev a uma simples diocese da comunidade Ortodoxa Russa (cOR).
Com o colapso da antiga URSS, multiplicaram-se as cO na Ucrânia, mas sem que a comunidade Ortodoxa Russa (cOR) alguma vez se preocupasse grandemente com a situação, nem entregasse a qualquer delas a possibilidade de, também nesse país, poder ser a que concretizasse o lema eclesial ortodoxo “um país, uma cO” – situação que se manteve inclusive quando, em 2008, a Rússia ocupou dados territórios da Geórgia, mas sem que estes, a nível religioso, deixassem de depender da cO georgiana. Isto manteve-se assim até 2018, ano em que o Patriarca da comunidade Ortodoxa de Constantinopla (cOC), Bartolomeu I, também em resposta a um pedido feito por parte dos crentes ortodoxos na Ucrânia (formalizado primeiramente em 2016 e reforçado nesse ano de 2018 por Petro Poroshenko, então presidente ucraniano), anulou a validade da antes aduzida carta sinodal, seja por ter sido decorrente de comportamentos simoníacos, seja por não ter sido aplicada nos termos nela previstos e anteriormente recordados.
Retenha-se, ainda que somente en passant, que Bartolomeu I é alguém virtualmente recluso num país maometano, onde não possui quase nenhum clero e fiéis, embora tenha numerosos e importantes seguidores e apoiantes em países ocidentais – naquilo que o faz ser tido, pela cOR e o Kremlin, como um peão do imperialismo ocidental.
Seja como for, e na linha do já feito em 1996 com a cO da Estónia, a janeiro de 2019 e com o envio de um tomus solene ao Metropolita Epifânio, o Patriarca de Constantinopla reconheceu a existência de uma comunidade Ortodoxa Ucraniana (cOU) não vinculada à cOR, algo que permitiu que os crentes ortodoxos ucranianos passassem a ser, finalmente, plenamente ortodoxos e plenamente ucranianos. Fruto desta decisão, tomada fora de um conselho sinodal alargado, passou a haver, na Ucrânia e em traços muito simplificados (mas suficientes para os propósitos deste texto), duas grandes cO: a neo-autocéfala cOU e a cOR. Sempre me foi difícil não ver nisto, a nível político-religioso, um evidente “ganho” para Kiev, nem uma não menos patente “perda” para Moscovo.
Pois bem, se a comunidade Ortodoxa Ucraniana (cOU) é apoiada pela comunidade Ortodoxa de Constantinopla (cOC) e passou a ser liderada pelo já referido Metropolita Epifânio, a comunidade Ortodoxa Russa (cOR) nunca reconheceu a legitimidade canónica de tal autocefalia, a ponto de o Patriarca Kiril de Moscovo ter dito, muito claramente, que tal ato levaria inapelavelmente ao “derramamento de sangue”. Até há poucos dias isto não acontecera, limitando-se a comunidade Ortodoxa Russa (cOR) a: apodar a cOU de cismática – por ter ignorado a teologia dogmática da Igreja Ortodoxa e os cânones jurisdicionais desta –; romper a comunhão eclesial plena, quer com a cOC (por ter interferido na autonomia territorial da cOR), quer com as demais cO mundiais (nomeadamente as de Atenas, Alexandria e Chipre) que reconheceram a legitimidade da ação de Bartolomeu I; e, por fim e numa represália à ação da cO de Alexandria, estabelecendo territórios, em África, sob o controlo jurisdicional da cOR (onde, recordemos, a Rússia quer competir avidamente com a influência da China e do Ocidente).
Se, até então, a questão parecia ser grandemente um tema teológico-canónico, o governo da Rússia, na sua (simétrica ou assimétrica) relação sinfónica com a comunidade Ortodoxa Russa (cOR), não se coibiu de expressar, com termos que já auguravam o que estamos a viver nos nossos dias, a sua agreste posição político-religiosa ante o reconhecimento da autocefalia da comunidade Ortodoxa Ucraniana (cOU). E este facto, não menos porque esta autocefalia dinamitava o sonho político do Estado russo de uma nova Grande-Rússia para a constituição da qual a coaptação da cOR, aquém e além das fronteiras geográficas da Rússia, era essencial.
Em conexão com o indicado e ainda em outubro de 2018, Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, referiu que o tema da comunidade Ortodoxa Russa (cOR) na Ucrânia era da máxima importância para o Estado Russo, a ponto de ter sido debatido pelos membros do Conselho de Segurança Russa numa sessão igualmente dedicada à unidade entre os povos russo e ucraniano. Menos de meio ano depois, o próprio presidente russo disse que, embora reconhecesse os direitos religiosos das populações em estados soberanos, não poderia não pensar em intervir, mediante ações de auxílio e proteção, quando a liberdade religiosa de certos crentes (os da cOR na Ucrânia?) estava em risco.
Daqui para a frente (e por mais que o mesmo Vladimir Putin, em habilíssimos jogos de palavras, tenha dito, em pelo menos duas ocasiões, que a cO na Ucrânia fora sempre independente do Patriarcado de Moscovo), não pararam de surgir as alusões, mais ou menos diretas, ao perigo que comportava, para a Rússia, a autocefalia religiosa da comunidade Ortodoxa Ucraniana (cOU). E isto, como se (para um observador tangencial como eu), o Kremlin estimasse que a cOR pudesse ser, sobretudo neste conflito, um impulsor diplomático relevante.
Como exemplo disto mesmo, apontarei apenas duas circunstâncias. Em junho de 2021, Sergey Lavrov declarou, com laivos de condescendência sem qualquer visível deferência, que, devido ao seu labor de grande proximidade com a comunidade Ortodoxa Russa (cOR), tinha consciência de que se estava diante de um autêntico e grande perigo para as cO como um todo, em consequência da instrumentalização da cOC por parte de um débil e decrépito Ocidente. Já em finais de fevereiro de 2022, e no mesmo discurso em que reconheceu a independência das zonas separatistas do Oeste ucraniano, o presidente russo afirmou que as autoridades de Kiev (que, note-se bem, também acusaram os crentes da cOR na Ucrânia de atividades subversivas) estavam a praticar atos de violência contra estoutros fiéis ortodoxos, transformando, na prática, a cisão entre as duas grandes cO na Ucrânia num fulcro eminentemente político.
Ao mesmo tempo, alguns dos mais altos representantes da comunidade Ortodoxa Russa (cOR), embora correctissimamente preocupados em especial com a (i)legalidade eclesial da dita cisão na cO na Ucrânia, começaram a enveredar por crescentes censuras religioso-políticas que, assaz alinhadas com as do Kremlin, evidenciavam uma certa simbiose de apreensões, mais geoestratégicas no caso político e mais fundamentais no caso religioso – o que, salvo um erro de apreciação da minha parte, não deixa de denotar e explicar um certo atrito naquela convivência simbiótica.
Em dezembro de 2018, o aparentemente pouco apreciado (mesmo pelos fiéis da cOR) Patriarca Kiril de Moscovo, recordou a vinculação histórica e religiosa entre Kiev (apresentada, na ocasião, quase como a “Terra Santa” da cOR e da Rússia) e a conversão ao Cristianismo dos povos russos. Mais: o Patriarca de Moscovo, mesmo incorrendo no poder apresentar-se como um mero e frágil “ministro” russo para os assuntos religiosos (no que, ultimamente, desagradou ao Kremlin e aos fiéis da COR na Rússia e na Ucrânia), referiu que as potências ocidentais estavam ansiosas por, de modo predatório, romperem os laços populacionais e religiosos entre os povos russo e ucraniano, chegando, nesse mesmo mês, a pedir a intervenção do Papa Francisco ante o que denominou de perseguição religiosa (aos membros da cOR na Ucrânia).
Já a novembro de 2019, o mesmo Kiril, que antes declarara que os objetivos da cOR e do Estado russo eram idênticos, deixou perfeitamente claro que as tensões cismáticas entre a cOR e a cOU (em ligação com a cOC) decorriam, não de meros assuntos eclesiásticos, mas de entidades políticas malignas alheias à Igreja, as quais, coagindo os elos político-eclesiásticos mais fracos, viam o vínculo dos crentes ortodoxos ucranianos à cOR como um obstáculo às suas pretensões. Por outras palavras, e (ab)usando eu (de) uma boutade política nacional acerca deste conflito, o actual Patriarca de Moscovo pretendeu dizer algo como “pela primeira vez na história da Igreja Ortodoxa alguém desejou a autocefalia sem um ser por uma ação ‘auto’”.
Quiçá tentando desviar a atenção da sua possível aspiração de substituir Bartolomeu I como o “primus inter pares” entre os líderes ortodoxos – a ponto de estar a querer edificar uma espécie de “Vaticano” ortodoxo na Lavra da Trindade do Mosteiro de São Sérgio (no que Elias Damianakis denominou, de modo infeliz, de “eclesiologia parasitária”) –, Kiril também aduziu que certas forças estavam receosas da continuação de uma íntima proximidade entre a comunidade Ortodoxa Russa (cOR) e a comunidade Ortodoxa Ucraniana (cOC). Eis umas palavras que, embora possam estar perfeitamente aprumadas com o que centra a atenção deste texto, não estou certo de que, devido a afinidades temporais, não possam também ser uma alusão à neo-islami(s)ta Turquia. Uma Turquia acerca da qual, poucos meses depois das suas opiniões indicadas antes, Kiril disse que seria a única responsável por um dos mais graves ataques ao Cristianismo – particularmente o da cOR –, acaso concretizasse a reconversão da Hagia Sophia numa mesquita – mais ainda como sinal, evocado pelo presidente Recep Erdogan, do reavivar do islão militante desde Bukhara a Al-Lixbûnâ, passando por Al-Quds.
Também Hilaryon Alfeyev – o prolixo escritor e compositor musical responsável pelo Departamento das Relações Externas da cOR e que já havia recebido uma condecoração de Vladimir Putin pelos seus serviços à causa da Rússia no exterior deste país – não poupou nas palavras altissonantes que foi usando para descrever o que se ia desenrolando eclesiasticamente na Ucrânia.
Entre muitas de tais palavras de Alfayev, por vezes surpreendentemente nada caridosas vindas de um alto representante de uma cO, algumas podem ser aqui recordadas. Segundo ele, o Patriarca de Constantinopla tinha: sido subornado por Poroshenko e queria ser um “Papa” infalível por, na sua opinião (pouco discreta, por sinal, no não se afastar muito da de Sergey Lavrov), desejar importar para a Ortodoxia o modelo eclesial Católico; atingido uma quase total senilidade que o fazia incapaz de estar em contacto com a realidade e, assim, enveredado por um suicídio ao ter ido contra a vontade dos povos ortodoxos; incorrido no não merecer levado em consideração, sendo que, dele, a comunidade Ortodoxa Russa (cOR) só esperava que fosse severamente julgado no “Juízo Final” e no tribunal da história da Igreja; apoiado os “poderes das trevas” que, numa malévola intriga, perseguiam, ameaçavam, controlavam, vigiavam e privavam de liberdade de movimento os fiéis da cOR na Ucrânia – e que se as organizações de defesa dos falsos direitos humanos ocidentais não falavam nisto, isso só se devia ao facto da realidade no terreno ir contra a demonização da Rússia por pessoas ingénuas, incompetentes e veiculadoras de ideias “malucas” contra a cOR (algumas delas, e na sua opinião, consequência da assunção acrítica da teologia eclesiológica do Metropolita de Pérgamo Ioannis Zizioulas).
Dito isto, verdade seja dita que o mesmo Alfayev reconheceu, a seu devido tempo, que: se Bartolomeu I deu os passos que decidiu implementar no reconhecimento da autocefalia da comunidade Ortodoxa Ucraniana (cOU), isso deveu-se tal-qualmente a um erro de apreciação, por parte da cOR, da determinação e da coragem do Patriarca de Constantinopla em o fazer; os problemas entre a Rússia e a Ucrânia deviam ser resolvidos de modo diplomático e pacífico e, tal como disse em fevereiro de 2022 no programa de televisão “A Igreja e o Mundo”, sem interferência de potências alheias a estes dois países.
Já na iminência do presente conflito, as palavras do Patriarcado de Moscovo resumiram-se quase que exclusivamente a pedir aos sacerdotes e aos fiéis da cOR, na Rússia e na Ucrânia, que se preparassem para ajudar os deslocados da iminente guerra. Na sua generalidade, este apelo tinha em mente os refugiados de Donbass, e embora falando numa comunidade de povos una, tal Patriarcado acusou os militares ucranianos de terem atentado, seja contra diversos espaços religiosos da cOR na Ucrânia, seja contra a vida de freiras dos mosteiros da comunidade Ortodoxa Russa (cOR) naquela nação. Já só mais recentemente, e depois da invasão militar ordenada por Vladimir Putin, é que Kiril, afiançando a sua solicitude pelos crentes ortodoxos na Ucrânia, expressou empatia por todos os que estavam a sofrer, pedindo: orações aos crentes da cOR; e, aos líderes dos povos unidos da Rússia e da Ucrânia, que tudo fizessem para não haver vítimas civis. Apelos talvez tardios, para quem, como qualquer cristão, tem o bem das pessoas como missão.
E a comunidade Ortodoxa Russa (cOR) na Ucrânia, o que é que tem feito? Em geral, e tal como fez aquando da ocupação da Crimeia e de distintos territórios no leste da Ucrânia no ano de 2014, a mesma foi guardando, inicialmente, um silêncio cuidadoso e até temeroso, porventura por saber que está sobre a alçada do Patriarca de Moscovo. Também só nos últimos dias é que começou a veicular apelos mais decididos em prol da paz e do apoio a todas as vítimas do conflito. Na verdade, o Metropolita Onofri da cOR em Kiev – em grande harmonia com o dito antes pelo Metropolita Epifânio da cOU (que, não obstante, também ousara declarar que rejeitava qualquer forma de imperialismo pan-russo) – denominou a presente escalada bélica de um genuíno desastre para todos, tendo-se dirigido diretamente ao presidente Vladimir Putin para pedir-lhe que acabasse com a presente guerra fratricida.
Não sou pessoa para crer que a invasão militar da Ucrânia pelo exército russo seja uma extrapolação, pelo menos maquiavélica e sincronicamente desejada, do conflito entre a comunidade Ortodoxa Russa (cOR) e a comunidade Ortodoxa Ucraniana (cOU). Mas não consigo deixar de pensar se não há uma, por vezes pouco tácita, aproximação entre as apreensões e as ambições de conformidade do Kremlin e as da cOR quanto ao que se passa na Ucrânia. Uma aproximação que tem feito com que tantos cristãos ocidentais, saudosos de uma cristandade perdida, olhem, estranhamente, para Vladimir Putin como um novo Justiniano de mãos dadas, já não com (alguns de) os Patriarcas de Constantinopla, mas com os de Moscovo. Os dias irão passando, com mais uma guerra no “estômago” da Europa, e, com isso, uma maior clarificação acerca disto tudo acabará por ser possível. Até lá, gostaria de terminar estas palavras pedindo, a todos os membros da comunidade Ortodoxa Russa (cOR) e da comunidade Ortodoxa Ucraniana (cOU), que sei que não me ouvirão, que orassem incessantemente uns pelos outros. Ser cristão também é ser assim, e eu, insignificante teólogo católico, não deixarei de orar por todos.