Foram precisos apenas meros segundos de notícias relativas aos partidos à direita para facilmente o público se esquecer do que realmente importa e impacta para Portugal: a corrupção do PS e a possível queda do Governo. Porém, este esquecimento é recorrente e bastou colocar-se o foco em intrigas internas da IL e em críticas severas ao PSD para facilmente as notícias se concentrarem apenas nas supostas falhas à direita em vez de continuarem a refletir acerca de todos os escândalos do Governo que ocorrem de forma semanal. A verdade é que em menos de um ano mais de dez membros do Governo, inclusive ministros, se demitiram, e vários casos de possível corrupção foram expostos. Pergunto-me então porque é que, nas duas últimas semanas, toda a exposição da incompetência do PS tem sido menor e menos afincada.

É factual que a convenção da IL trouxe variadas notícias, contudo a Iniciativa Liberal sai reforçada, ao contrário do que muitos jornais querem fazer passar. Ora é natural existir um debate interno, mau seria se o partido se dissimulasse numa opinião unificada como ocorre no Chega, liderado em torno do mesmo indivíduo desde a sua criação (2019). Um partido de ideias e pensamentos livres causa debate interno, algo positivo, apesar do que se transmite. Agora que Rui Rocha foi eleito o partido vai sair reforçado, continuando a demonstrar uma subida nas sondagens, com o objetivo de derrubar o bipartidarismo. A IL cada vez mais se prepara para possíveis legislativas, sendo os 15% uma meta que para muitos pode não parecer alcançável, mas para mim não só é possível como é ultrapassável daqui a uns anos. Acredito que cada vez mais caminhamos para um Portugal com os olhos abertos, um Portugal mais liberal.

Já para o PSD basta um pequeno deslize para imediatamente ser alvo de críticas intensas por parte dos media, porém é de total responsabilidade do mesmo. Após a eleição de Luís Montenegro, o PSD demonstra cada vez menos uma opinião assertiva acerca do Governo socialista, contrariamente ao que era esperado. O partido social-democrata teve a oportunidade de votar a favor da moção de censura da IL ao Governo e mostrar que é uma alternativa ao PS, contudo tomou a decisão de se abster, demonstrando uma incapacidade de oposição para o eleitorado à direita. Apesar disto, em Conselho Nacional, Montenegro assumiu que, quando chegar a altura, o PSD apresentará uma moção de censura, tentando assim reverter a imagem benevolente que teria deixado anteriormente. É notório que o PSD necessita de demonstrar urgentemente que de facto é uma alternativa ao Governo socialista, contrariando o suposto bloco central que por vezes deixa transparecer.

Contudo, não há grande justificação que demonstre relevância em exaustivos artigos a denegrir a imagem da IL ou do PSD. Tudo isto revela uma tentativa enorme de omitir a fragilidade do Governo PS e as suas constantes polémicas, revelando apenas a máquina do Governo PS a trabalhar. É a maioria absoluta do PS que leva a uma possível queda do Governo. É o Governo socialista que apresenta recordes de instabilidade, com sucessivas demissões de membros de Governo, inclusive Pedro Nuno Santos, e variados casos de corrupção. É também o Governo socialista que atribui indemnizações injustificadas de meio milhão e contratações totalmente fora do aceitável, com direito a ligações familiares. Nada mais senão o Governo socialista.

Posto isto, devemo-nos recordar dos temas que realmente interessam para Portugal: um país estagnado devido a um Governo incompetente e irresponsável. Não deixemos que a vaga de notícias à direita ofusque os casos do PS que continuam a emergir. A possibilidade de melhores condições de vida para os portugueses não se encontra no partido que nos governa há 7 anos, a alternativa ao PS está e sempre esteve numa coligação PSD-IL.

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