Nunca, como hoje, a atenção dos pais quanto à educação ministrada na Escola foi tão necessária.
O socialismo, violando reiteradamente a Constituição da República Portuguesa, transformou a escola estatal (públicas, são todas as que estão abertas ao público) numa linha de montagem da qual os alunos têm de sair com um pensamento uniformizado, socialista, ateu, anti-Deus e anti-direita. Nesse sentido, e dentre muitos temas puramente ideológicos, destaco a ideologia de género que é uma espécie de «colonização ideológica» e uma verdadeira «máquina de propaganda woke».
Não se deixe enganar. Adolf Hitler e Estaline morreram, mas não faltam ditadores sanguinários, disfarçados de democratas, a tramar projectos de morte que desfiguram o homem e a mulher, com o propósito de destruir a criação de Deus e o cristianismo. Esse é o principal objectivo da ideologia de género, que tem a sua génese no marxismo e que visa eliminar a família como estrutura privada e capaz de formar a consciência da pessoa. É isso que nos é dito no Manifesto Comunista de 1848:
Mas o comunismo suprime as verdades eternas, suprime toda a religião e moralidade, em vez de as constituir sobre uma nova base; portanto, actua em contradição com toda a experiência histórica anterior… [Os comunistas] declaram abertamente que os seus objectivos só podem ser alcançados mediante a violenta deposição de todas as condições sociais existentes.
A batalha de Marx sempre foi contra Deus e contra a Sua primeira instituição – a família – e isso fica muito claro nos seus escritos: «O segredo da Sagrada Família é a família terrena. Para fazer desaparecer a primeira, a segunda deve ser destruída, na teoria e na prática». (Marx-Engels-Gesamtausgabe, vol. 3, 6).
Hoje, trinta e três anos depois da queda da União Soviética comunista, temos a Escola “profetizada” por Gramsci: «uma instituição destinada, por missão histórica, a preparar o novo intelectual para a sociedade socialista». É com essa finalidade que, entre os ideais comunistas de sociedade (que levaram ao genocídio de mais de um milhão de pessoas), a Escola incute na mente das crianças que não nasceram meninos nem meninas, que a família as enganou ao “atribuir-lhes” um sexo, que os pais são retrógradas e lhes impõem a sua vontade, o seu modelo sexual e a sua religião castradora, a cristã. Assim, confundem e formatam a mente das crianças de tal modo que elas se sentem enganadas, revoltadas e deixam de confiar na família. Ora, eliminar o relacionamento familiar é eliminar o conceito de PESSOA.
O caminho para isso está criado:
Um sistema educativo pedagógico que incuta na mente da criança que só ela pode «decidir» se é homem ou mulher. Essa suposta decisão gera um aniquilamento da pessoa; substituindo-a por alguém sem identidade.
Desconstruir a origem e o significado do casamento monogâmico, promovendo o chamado «poliamor» (que todos conhecemos como bacanal ou poligamia), onde as pessoas podem estabelecer «casamentos» ou «uniões de facto» abertas a outros parceiros e a toda a sorte de perversões e parafilias. O fim da família será só a consequência.
Eliminar do espaço escolar todo o tipo de relação com a religião e com Deus, o que equivale a implantar o ateísmo, ou a religião do anti-Cristo.
Não é por acaso que a ideologia de género tem vindo a ser implementada em todo o Ocidente, nas escolas, do infantário ao secundário.
O objectivo?
Criar uma geração que assimile esta ideologia e a viva. Para isso, é necessário retirar as crianças do lar cada vez mais cedo (não falta muito para as crianças serem OBRIGADAS a ingressar nas creches aos 3 anos), pois os activistas sabem elas não têm defesas, que o seu senso crítico ainda não se desenvolveu e que, por isso, é fácil manipulá-las, subvertê-las e aliciá-las.
A introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas tem vindo a trazer consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias e o mais grave é que ela entrou silenciosamente nos conteúdos escolares sem que os maiores interessados, que são os pais e educadores, tenham sido tidos nem achados. «Educação e Cidadania» ou «Cidadania e Desenvolvimento», a famosa disciplina que se tornou obrigatória no ano lectivo 2018/2019, foi só o cavalo de Tróia visível, pois a ideologia é transversal a todas as disciplinas e já estava nas escolas em 2017. É isso que se lê no Referencial de Educação para a saúde:
A sexualidade está presente no nosso dia-a-dia e, por isso, a sua abordagem não pode estar confinada a uma “disciplina”. Sendo a Escola um lugar habitado por crianças e jovens, cujas idades são atravessadas pelos fenómenos de transformação corporal e psicológica ligados ao crescimento natural, é nela que se vivem alguns dos primeiros e mais impressivos sentimentos e emoções decorrentes do desenvolvimento sexual. A sexualidade é vivida pelas crianças e jovens de formas diversas, de acordo com a vivência familiar, escolar e enquadramento socioeconómico.
Nos vários ambientes que a escola proporciona os alunos experimentam a sua sexualidade, quer seja nas suas brincadeiras, no estudo e nos namoros, mas também na relação com os docentes e trabalhadores da escola. Ela está presente nas conversas, nos jogos, nas quezílias, mas também nos conhecimentos científicos.
A educação para a sexualidade para ter os resultados desejáveis terá de dirigir-se à escola como um todo, penetrar em todos os seus ambientes, envolver todos os seus membros, aproveitar todos os momentos para, através de acontecimentos emocionais estruturados, construir modelos que promovam os valores e os direitos sexuais, sobre os quais os jovens possam desenvolver a sua própria identidade e o respeito para com os outros.
As crianças «experimentam a sua sexualidade, nas suas brincadeiras, no estudo e nos namoros, mas também na relação com os docentes e trabalhadores da escola.»? «Para ter os resultados desejáveis» por quem?
Por favor, entenda:
A Educação Integral em Sexualidade não é uma educação sexual baseada na moral, na ciência e na biologia, mas sim numa ideologia e nas ciências humanas e sociais de sociólogos pró LGBTQIA+, que conta com o apoio e contributo da maior rede de Clínicas de aborto do mundo: a International Planned Parenthood Federation – IPPF. Os objectivos de quem compilou o material de «educação sexual holística» é «instruir» sexualmente as nossas crianças em toda a sorte de perversões sexuais, prostituição e aborto.
Aqueles que adoptam o termo género, em vez de sexo, não pretendem combater a discriminação (isso é só uma das muitas máscaras usadas tal como inclusão, prevenção da violência no namoro, etc.), mas sim DESTRUIR a família, o casamento e a maternidade; pois só desse modo conseguirão fomentar um «estilo de vida» que incentiva e promove todos os tipos de experiências sexuais desde a mais tenra idade.
Os pais precisam estar a par de toda a formação que os seus filhos recebem sobre este assunto; pois, como já mencionei, é de ensino obrigatório e conta para nota.
Os promotores dessa ideologia, que hoje embosca os nossos filhos/netos em sala de aula, diabolizam e rotulam os pais cristãos – que ensinam aos seus filhos que Deus criou apenas dois sexos e que cada um se deve aceitar com o sexo que Deus lhe designou, que cada um, homem e mulher, precisam reconhecer e aceitar a sua identidade sexual, reconhecendo a sua importância, especificidade e complementaridade – como: fanáticos religiosos, homofóbicos, transfóbicos, racistas, fascistas, e toda a sorte de insultos inventados para tentar silenciar quem ainda não abriu mão da educação dos seus filhos e continua a gritar bem alto: a família educa; a escola ensina.
É obrigação dos pais, e aqui quero dirigir-me especificamente aos pais cristãos, acompanhar com atenção tudo o que seus filhos aprendem na escola sobre este e outros temas. O papel da escola é ensinar e não colocar na cabeça das crianças, que não têm senso crítico, ideologias que não se coadunam com a Lei de Deus nem com a fé e os valores dos pais. É fundamental entendermos isto porque a Educação, do ponto de vista humano e moral, é obrigação da família e só a família pode influenciar a Escola. Os partidos políticos com maioria parlamentar não podem continuar a arrogar para si o papel de Estado-educador, quando a função de educar as crianças não é função do Estado. A função do Estado é garantir os meios práticos necessários para que a educação das crianças pelos seus pais, e pelos seus professores com a confiança dos pais dos seus alunos, se processe no respeito dos direitos da família e em especial dos direitos de personalidade (artº 26º da C. R. P.)
O papel do Estado e da Escola é «Cooperar com os pais na educação dos filhos;» (art.º 67.º, alínea c, da C. R. P.), nunca substitui-los.
Felizmente, neste cantinho à beira-mar plantado, já há pais a lutar arduamente contra a doutrinação ideológica dos seus filhos, contra ideologias que tentam confundi-los e incutir-lhes que são folhas em branco nas quais os ideólogos de género podem escrever o que muito bem entenderem.
O governo português não pode continuar a desrespeitar, especialmente em ambiente escolar, as diferentes sensibilidades filosóficas, religiosas ou morais dos alunos e dos seus pais, impondo a ideologia do regime, de forma transversal e ocultando-a aos verdadeiros educadores (os pais) (art.º 41.º e 43.º da C. R. P. e art.º 7 da Lei de Bases do Sistema Educativo).