“Não caminha, ele corre! Não admira que esteja sempre a encalhar em todo o lado e cheio de nódoas negras.”
“Não termina uma tarefa, vai buscar uma coisa ao quarto e pelo caminho já se esqueceu do que ia fazer e se uma mosca se atravessar, vai atrás dela!”
“Todas as semanas perde lápis, faz desaparecer borrachas, esquece-se do blusão na escola.”
“Pergunto-lhe alhos, responde-me bugalhos, mas quando falo com alguém, faz questão de me interromper.”
Estes podiam ser os relatos de alguns pais numa consulta de Pedopsiquiatria, cujos/as filhos/as possam apresentar sintomas de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA). E dizem ainda que estar sentados na cadeira mais do que poucos minutos é impossível, mas com um telemóvel nas mãos já se concentrariam durante horas.
A PHDA, em traços gerais, caracteriza-se pela existência de três sintomas nucleares principais: hiperatividade (no sentido de uma atividade motora excessiva), impulsividade e/ou um défice de atenção. Estes sintomas iniciam-se no período de desenvolvimento de uma criança (daí ser considerada uma doença do neurodesenvolvimento) e têm um impacto significativo nos funcionamentos comportamental, académico, social e emocional da mesma – em suma, na sua vida toda.
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Mental é uma secção do Observador dedicada exclusivamente a temas relacionados com a Saúde Mental. Resulta de uma parceria com a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e com o Hospital da Luz e tem a colaboração do Colégio de Psiquiatria da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Psicólogos Portugueses. É um conteúdo editorial completamente independente.
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