Se está a ler isto, muito provavelmente utiliza o Gmail. É o email mais usado no mundo, com quase 2 mil milhões de utilizadores. Mas o que talvez não saiba é que o Gmail é o resultado de uma política pouco popular, mas de importância astronómica para organizações: o employee engagement.

A Google implementou uma prática simples, mas revolucionária: permitir que os seus funcionários dedicassem 20% do tempo de trabalho a projetos pessoais. Foi a partir desta política que nasceram dois dos maiores produtos da empresa: o Gmail e o AdSense.

O Gmail é hoje o email mais usado no mundo e o Adsense gera cerca de 20 mil milhões de dólares por ano para a Google.

Dito de outra forma, uma simples política de employee engagement mudou o mundo e transformou a Google numa gigante ainda maior.

Ainda não está convencido? A Netflix criou um ambiente que permite os colaboradores proporem novas ideias. O resultado? Séries de sucesso global como Stranger Things e The Crown não vieram apenas de dados, mas de mentes criativas que tiveram espaço para inovar. Quanto valeu esta política? Certamente posicionou a Netflix como líder de streaming global.

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O que é que estes exemplos nos ensinam?

Em primeiro lugar, o engagement cria valor tangível. Quando as pessoas têm autonomia, espaço para a criatividade e sentem que a sua cultura valoriza as ideias, os resultados ultrapassam qualquer expectativa.

Em segundo lugar, as respostas para os maiores desafios das empresas não estão fora delas, mas sim nos talentos que já fazem parte da organização.

Por último, investir em pessoas é investir no futuro. Apostar no desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores é gerar motores de inovação.

O employee engagement não é um luxo. É um pilar essencial para a sobrevivência de qualquer organização, que está em constante evolução. Isto exige visão estratégica: fomentar a criatividade, oferecer autonomia e construir uma cultura de colaboração.

Qualquer organização pode alcançar resultados extraordinários ao cultivar o engagement dos seus colaboradores. O impacto vai muito além dos números, refletindo-se na cultura organizacional, na retenção de talentos e na capacidade de adaptação a um futuro cada vez mais incerto.

Porque, no final das contas, não são os produtos que transformam uma empresa. São as pessoas. Dê-lhes espaço para inovar, e podem mudar tudo.