Tenho 46 anos de idade. Votei uma vez na vida – foi voto nulo! Abstenho-me de explicar o que escrevi no boletim. A próxima vez que votar será na Iniciativa Liberal. Parafraseando o Carlos Guimarães Pinto, é uma alegria ter a possibilidade, pela primeira vez na história de Portugal, de votar num partido não-socialista. Só por isto, e de novo parafraseando o Carlos, as eleições em Portugal são pela primeira vez uma grande festa: a festa da liberdade, a festa das pessoas, a festa de todos os que são suficientemente maduros para quererem determinar o que é melhor para as suas vidas.

Os liberais não têm que concordar com tudo o que a Iniciativa Liberal defende. Ninguém na vida opta pelo perfeito, mas sempre pelo possível. Esperar algo diferente disto é de um infantilismo sem paralelo. Eu próprio tenho reservas em relação a alguns pontos do programa da Iniciativa Liberal. E nunca é de mais referir que a discordância é inerente ao próprio liberalismo! Quanto à discussão em torno do que é um liberal, já não tenho paciência!

Dito isto, a Iniciativa Liberal apresenta-se aos portugueses como o único partido que reúne as seguintes características. Em primeiro, tem um líder tecnicamente bem formado. O Carlos Guimarães Pinto é um grande economista. Em segundo, tem um cabeça de lista tecnicamente bem formado. O Ricardo Arroja é um grande economista. Em terceiro, o Carlos e o Ricardo têm pensamento estruturado, tornado público ao longo dos anos. São duas figuras públicas, as quais, não sendo mediáticas, são bem conhecidas dos liberais: sabemos quem são, o que pensam, no que acreditam, o que defendem para o país e para a Europa. E sabemos isto há muito tempo. E quem não os conhece, ainda vai a tempo: está tudo publicado e acessível em blogues, artigos de opinião, livros. Não há surpresas! Em quarto, nem o Carlos nem o Ricardo dependem para nada da política. E sim, isso deve ser critério. Deve aliás ser um dos mais importantes critérios para aferir do ‘risco ético’ de um candidato. Em quinto, a Iniciativa Liberal realizou uma campanha paga por fundos privados e rejeita de todo a subvenção pública. Pela primeira vez na história os portugueses podem votar num partido suficientemente adulto para não precisar de saquear os contribuintes. Mais: trata-se de um partido que já garantiu que nunca usufruirá dos frutos do roubo fiscal para financiar campanhas políticas que devem ser pagas pelo apoiantes do partido. Lá está: pela primeira vez temos a votos um partido não-socialista!

Mas as razões mais importantes para votar na Iniciativa Liberal estão no seu programa, disponível online para todos consultarem. Este é o único partido com uma ideia de Europa que está para lá da ‘execução de fundos comunitários’. Isto é: este é o único partido que quer tornar Portugal num país que não recebe dinheiro saqueado aos contribuintes de outros países; este é o único partido que sonha uma Europa economicamente liberalizada e politicamente descentralizada; este é o único partido que não defende a federalização do roubo, via fiscal, dos trabalhadores europeus; este é o único partido que tem um líder e um cabeça de lista que defendem sem embaraço e sem meias-palavras o capitalismo, a livre iniciativa privada, a redução do peso do estado, a diminuição do roubo fiscal e a descentralização. Em resumo: este é o único partido que defende aquilo em que todos os liberais acreditam. Este é o único partido que defende tudo aquilo que une todos os liberais.

A Iniciativa Liberal dificilmente elege o Ricardo Arroja. Contudo, a Iniciativa Liberal já conseguiu aquilo que para mim era o mais importante: o liberalismo veio para ficar e faz hoje parte do léxico político português. Os portugueses sabem hoje aquilo que não sabiam antes do Carlos Guimarães Pinto e do Ricardo Arroja: há vida para lá do socialismo! Parabéns ao dois e aos voluntários e voluntárias da Iniciativa Liberal por uma campanha política sem paralelo em Portugal. Conseguiram provar que os políticos afinal não são todos iguais: alguns aparentemente conseguiram terminar a quarta classe!… 

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