Para os leitores ainda não conhecedores destas temáticas em que me empenho, começo por remeter para os meus anteriores  5 textos, publicados no “Observador” em 24 de Março, 9 de Abril, 3 de Maio, 19 de Junhoe 28 de Junhode 2018.

Venho brevemente dar conta dos desenvolvimentos do assunto, esquematizando os antecedentes.

Nada tenho a ver com uma recente e grande polémica surgida na Câmara Municipal de Lisboa a propósito do seu projectado, em 2015,  Museu das Descobertas.

Por coincidência, no início deste ano de 2018, e sem sequer saber dessa iniciativa camarária, retomei o meu sonho com cerca de 40 anos de um museu com enfoque na Interculturalidade e dedicado ao Portugal Global, conceito pacifista, que não implica domínio, não ofende.

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De facto, o meu sonho é maior em quatro aspectos:

  1. quer a Paz, no que coincide com os objectivos da UNESCO e da ONU;
  2. abrange muito mais em tempo e espaço do que a época da Expansão e dos Descobrimentos…
  3. pois os séculos XV/XVI são um começo da verdadeira globalização e do maior encontro de culturas/interculturalidade;
  4. abrange a classificação como Património Mundial da UNESCO desta extraordinária aventura portuguesa.

Já antes, justifiquei inclusivamente a classificação do “Portugal Global” como Património Mundial e os apoios  obtidos nesse sentido, sobretudo da Academia Portuguesa da História e do Embaixador de Portugal na UNESCO.

No dia 28 de Junho, em combinação com a Presidente da Academia Portuguesa da História, Prof. Doutora Manuela Mendonça, enviei um Memorandum ao Presidente da República sobre este assunto.

No passado dia 10 de Julho, participei na Academia das Ciências de Lisboa no notável Colóquio “Unidade e Diversidade da Língua Portuguesa”, em que o Prof. Doutor Adriano Moreira, na comunicação “A língua não é nossa, também é nossa”, sugeriu a classificação da língua como Património Mundial.

No final do colóquio, sugeri que houvesse uma classificação conjunta como Património Mundial da Língua, da Interculturalidade e dos Descobrimentos Portugueses, e como o Presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Prof. Doutor Artur Anselmo logo concordou no sentido de avançar rapidamente com este projecto, já houve uma primeira simples reunião, no dia 13 de Julho, devendo  depois das férias, em Setembro, serem convocadas as classes de Letras e de Ciências, e a Academia Portuguesa da História.