O partido Iniciativa Liberal anunciou nas suas redes sociais que estaria presente na marcha do orgulho LGBTI+ no dia 25 de junho. Tenho de confessar que fiquei positivamente surpreendida com este anúncio, apesar de já em 2018 este ter marcado presença.

A área de ação da Iniciativa Liberal não está circunscrita à economia ou à fiscalidade, como não está a de nenhum outro partido, tenham eles escolhido quaisquer “bandeiras”, e para constatar isto basta simplesmente acompanhar o trabalho efetuado pelo grupo parlamentar nos últimos meses. Ora, o que identifica este partido é o liberalismo e ser liberal passa tão simplesmente por aceitar cada pessoa por aquilo que é e por lhe dar toda a liberdade de o ser. É ser tolerante, respeitador/a e adepto/a da diversidade.

Esta participação acompanha a ação do partido, que em 2017 se opôs publicamente à situação na Chechénia, no âmbito da perseguição de homossexuais, ou mais recentemente, em 2021, quando submeteu um voto de condenação na Assembleia da República pelas sucessivas violações de Direitos Fundamentais de pessoas LGBTI+ na Hungria.

É através destas ações que o partido liberal tem encarado o apoio ao grupo LGBTI+, não de uma forma coletivista, mas de uma forma refrescante, porque fá-lo ao identificar cada pessoa como um indivíduo e não como membro de um grupo a que pertence. A Maria (homossexual) e João (não-binário), são, aos olhos de liberais, duas pessoas. Estas pessoas não precisam de se identificar, respetivamente, como homossexual e não-binário, se assim não quiserem, porque estas características são apenas duas em tantas outras que cada um deles terá (como, por exemplo, ter olhos azuis, ser mulher, ser português ou seguir uma dieta vegan, o que for). Agora, existe uma clara diferença entre ser homossexual ou em ter os olhos azuis; um tratamento discriminatório que existe transversalmente e que perdura há seculos. Por esse motivo, é preciso ainda defender estas pessoas, até que tenha a mesma irrelevância ter olhos azuis e ser homossexual.

Por último, as marchas consistem num conjunto de pessoas a andar, movidas por amor e não ódio, nas quais ninguém é obrigado a vestir-se com padrão arco-íris da cabeça aos pés, nem a juntar-se. Há pessoas que preferem outra forma de demonstrar o respeito pela pluralidade, talvez a apoiar familiares que se incluem nesta situação, a votar a favor das liberdades, ou a ensinar as crianças a serem tolerantes.

Talvez escrever este texto seja a minha demonstração de apoio.

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