Esta semana o Presidente da Câmara de Loures, o socialista Ricardo Leão, revelou estar desiludido com o Ministro da Saúde, o seu camarada Manuel Pizarro, por mais uma promessa quebrada relativamente ao Hospital Beatriz Ângelo. Ao longo do último ano foram vários os estados de alma de Ricardo Leão relativamente ao processo de destruição daquela que era uma unidade de saúde de excelência. Primeiro mostrou-se preocupado, depois indignado, passou por um sentimento de revolta e esta semana mostrou-se desiludido.
No período em que o Presidente Ricardo Leão andou a exprimir os seus estados de alma a Iniciativa Liberal esteve no terreno a tentar evitar esta situação. Ainda em 2021, antes do fim da PPP (Parceria Público-Privada) reunimos com o Secretário de Estado da Saúde e com a administração do grupo Luz Saúde para verificar como estava a ser conduzido o processo de transição. Rapidamente percebemos os resultados de mais um erro da gestão socialista, herança do período da geringonça, e alertámos para os problemas que eram consequência de uma transição mal planeada e sem sentido. No último dia da PPP fizemos uma concentração em frente ao Hospital, em mais uma tentativa de chamar a atenção para a mais que provável perda de qualidade e degradação do serviço do Hospital Beatriz Ângelo.
Durante o último ano, perante vários problemas no serviço de urgência que levaram à demissão de vários chefes de serviço e ao encerramento da urgência de pediatria à noite durante vários dias, voltámos a reunir com a administração do Hospital, levámos uma proposta à Assembleia da República para o regresso da PPP e levámos uma proposta à Assembleia Municipal com o mesmo propósito.
E o que fez o PS? Chumbou a nossa proposta na Assembleia da República e chumbou a nossa proposta na Assembleia Municipal.
Ricardo Leão tem sido uma força de bloqueio. Passou o último ano a simular uma discordância com o Ministério da Saúde, quando na verdade não teve uma única ação de relevo para a mudar a situação. Os seus únicos movimentos têm como finalidade construir uma imagem perante os munícipes de que está do lado deles, mesmo contra o seu próprio partido. Este ilusionismo esbarra com a realidade. Ricardo Leão percebeu que o socialismo não funciona e não faz nenhuma falta a Loures, no entanto não faz ideia de como sair desta situação. Entre a falta de ideias e a falta e coragem de tomar uma ação concreta que seja, resta-lhe apenas a propaganda típica do partido socialista, em que a realidade é fabricada dentro de um qualquer gabinete.
Enquanto isso os cerca de 278 mil utentes do Hospital Beatriz Ângelo, residentes nos concelhos de Loures, Mafra, Odivelas e Monte Agraço, vão encarar mais um Verão com as urgências de portas encerradas e com acesso a uma lista de espera para consultas e exames
Eis a infeliz realidade em Loures. O governo socialista persiste num erro, o presidente da câmara dissimula e quem se lixa é o lourense.