O dia 24 de agosto assinala o 31º aniversário da independência da Ucrânia. Infelizmente, o dia também marca seis meses desde a invasão não provocada e de grande escala da Ucrânia pelo governo russo, um ataque tão chocante para a comunidade internacional que foi completamente condenado pela Assembleia Geral da ONU, e levou dois novos países a pedirem adesão à Aliança da NATO.

Devemos permanecer unidos no nosso apoio à soberania, democracia e aspirações europeias da Ucrânia. A agressão da Rússia na Ucrânia é um dos acontecimentos com maiores consequências para a Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A reação mundial à guerra de Vladimir Putin contra a Ucrânia tem sido muito emotiva e comoveu muitas pessoas. No desenrolar desta guerra, vimos evidências – quase diárias – de violência, destruição, devastação e morte.

Todos nós assistimos a imagens do resultado das bombas russas que atingiram civis abrigados em escolas, teatros e hospitais. A comunicação social independente e organizações humanitárias documentaram execuções em cidades como Bucha e Irpin, tortura de militares e civis e cidades inteiras como Mariupol isoladas de necessidades básicas enquanto sofrem devastação e ocupação brutais.

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Há, também, provas de que a Rússia pretende anexar mais território ucraniano à força, segundo os moldes dos acontecimentos de 2014, instalando representantes ilegítimos para organizar referendos falsos sobre a adesão à Rússia. A anexação pela força seria uma violação grosseira da Carta da ONU e não permitiremos que tal aconteça sem contestação ou sem custo. Nenhum estado deve ser capaz de mudar as fronteiras do seu vizinho.

Os Estados Unidos estão a apoiar uma série de investigações internacionais sobre atrocidades na Ucrânia, incluindo investigações conduzidas pelo Tribunal Penal Internacional, pelas Nações Unidas e pela Organização para Segurança e Cooperação na Europa. Os Estados Unidos estão prontos para apoiar tribunais nacionais em todo o mundo que tenham jurisdição sobre indivíduos acusados ​​de cometer crimes internacionais. Continuaremos também a trabalhar com a comunidade internacional para ajudar na reconstrução da Ucrânia.

As consequências da guerra da Rússia não se limitam à Ucrânia. A agressão da Rússia perturbou o comércio global de cereais, colocando em risco a segurança alimentar de uma grande fatia da população. Mais, a crise atual ajudou a aceleração da inflação e os preços de retalho em todo o mundo.

Os Estados Unidos continuam a apoiar todos os esforços para garantir que os alimentos ucranianos chegam aos mercados mundiais. Continuaremos a usar fóruns como o G20 para pressionar a Rússia a aderir ao recente acordo que permite o trânsito de remessas de alimentos provenientes dos portos do Mar Negro da Ucrânia. Com o ataque descarado da Rússia ao porto de Odesa apenas 24 horas após a conclusão deste acordo, juntamente com ataques continuados ao transporte e infraestrutura agrícola, a pressão internacional para desbloquear as exportações de alimentos ucranianos continuará a ser fundamental.

Apesar do enorme custo que Vladimir Putin impôs à Ucrânia e ao mundo, as sanções impostas pelos Estados Unidos e os nossos parceiros e aliados estão a provocar danos significativos na economia russa.

Estas sanções coordenadas congelaram mais da metade das reservas do Banco Central da Rússia, dinheiro que o Kremlin usaria para financiar a sua máquina de guerra. A falta de acesso a fatores de produção importados e bens acabados, principalmente bens que incluam tecnologias avançadas, criou estrangulamentos nas cadeias de abastecimento e, com o tempo, prejudicará ainda mais a produção, o transporte, bem como o comércio e, principalmente, a produção e manutenção de equipamentos militares.

À medida que as sanções continuam a degradar as capacidades de combate de Putin, as forças ucranianas estão a defender com sucesso o seu país.

Desde que a invasão, de grande escala, da Rússia começou, em fevereiro, mais de 50 países juntaram-se aos Estados Unidos para fornecer assistência de segurança à Ucrânia. Juntos, estamos a providenciar o envio de ainda mais armas com as quais a Ucrânia se tem estado a defender com tanta eficácia.

Os Estados Unidos orçamentaram quase 10 mil milhões de dólares americanos para assistência de segurança, desde que a Rússia lançou a sua guerra premeditada, atroz e não provocada contra a Ucrânia a 24 de fevereiro. Isso inclui sistemas de artilharia e munições, veículos blindados e sistemas avançados de defesa aérea para a Ucrânia.

A sociedade civil ucraniana aumentou os seus esforços de resposta humanitária, distribuição de assistência, e reconstrução de comunidades. Trabalhadores de ajuda humanitária, a maioria dos quais ucranianos, estão a operar em todas as 24 províncias, dando assistência a quase 12 milhões de pessoas. Os Estados Unidos têm orgulho em apoiar os seus esforços com mais de 1,2 mil milhão de dólares americanos em assistência humanitária só este ano.

Continuaremos a apoiar a Ucrânia e a ajudar na sua luta pela sobrevivência, ao mesmo tempo que trabalhamos para reforçar a segurança europeia e os valores democráticos.