Feminismo, é a presunção de que as mulheres são melhores do que os homens.

As feministas, das duas, uma: ou desconhecem a História, ou ignoram que a maldade humana e a sede de poder não têm sexo, que sempre houve, e haverá, homens e mulheres sedentos de sangue e de poder.

Portanto, sim. À pergunta feita pela Ruth Manus no seu artigo no Observador, a resposta só pode ser: sim! Se o Putin fosse mulher, esta guerra existiria, tal como existiram outras guerras e perseguições lideradas por mulheres, na Rússia e noutros países.

Rússia: Catarina, a grande, era uma mulher. Ela começou por encorajar alguns generais a afastar Pedro III e entregar-lhe o poder a ela. Os oficiais da Guarda, provenientes da nobreza latifundiária, que criticavam o governo, apoiaram-na e depuseram Pedro III, que acabou por ser assassinado poucos dias depois. O audacioso golpe tornou Catarina II imperatriz da Rússia. Sob o seu reinado, em 1774, o seu exército avançou sobre os camponeses e massacrou-os. O líder dos camponeses, o cossaco Pugachev foi conduzido a Moscovo numa jaula e decapitado.

Até 1772, Catarina financiou guerras em diversas fronteiras e incorporou vastos territórios, aproximando-se assim da Europa central. Enquanto lutava contra a Polónia, enviou os seus exércitos contra os turcos, em duas guerras que duraram quase vinte anos, de 1768 a 1774 e de 1775 a 1785. A Turquia foi vencida e obrigada a ceder à Rússia a costa setentrional do mar Negro e a península da Crimeia.

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Inglaterra: Maria I da Inglaterra (1516-1558) foi a primeira rainha da Inglaterra a reinar por direito próprio. Buscando restaurar o catolicismo romano na Inglaterra, mandou prender alguns bispos protestantes, perseguiu cruelmente os protestantes e mandou queimar 300, o que lhe valeu o cognome de “Maria a Sanguinária”.

Ela também declarou guerra à França e arrastou a Inglaterra para o conflito militar que custou à Inglaterra a área de Calais, o último vestígio de possessões continentais da Inglaterra.

Também era uma mulher que reinava quando o Reino Unido se converteu na maior potência colonial do mundo, cujos domínios compreendiam a Índia, o Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Sudão, Quênia, Nigéria, Rodésia e várias ilhas estratégicas, como Malta. O seu nome? Vitória, Rainha Vitória.

Ao longo da História, não faltam registos de mulheres cruéis, assassinas, e tão sanguinárias como os piores espécimes masculinos.

Aliás, o próprio movimento feminista, que promove e celebra a indústria do aborto – o maior genocídio de inocentes da História – é o exemplo perfeito de como as mulheres podem ser maléficas.

Margareth Sanger, recordada como um dos maiores ícones do feminismo, tida como um grande activista em prol do “direito de escolha das mulheres” de todo o mundo, sexóloga, enfermeira e mãe do grupo Planned Parenthood [IPPF], que, em 1916, abriu a primeira clínica de aborto num bairro pobre dos EUA (que hoje é a maior rede de clínicas de aborto do mundo, com mais “Franchisings” do que o McDonald’s), foi uma das primeiras a responder aos anseios das feministas que desejavam uma vida sexual igual à dos homens libertinos, defendendo e propagando o “controlo de natalidade” [aborto] (Maria Helena Costa, Feminismo Tóxico, pág. 82).

Eugenista declarada ― integrante da Sociedade Eugenista Americana ― defendia o controlo de nascimentos como principal meio de alcançar “uma raça mais limpa”, eliminando os impróprios e inaptos.

No seu livro A Plan For Peace (Um Plano para a Paz), lançado em 1932, Sanger propôs a criação de um departamento, no Congresso Americano, que “mantivesse as portas da emigração fechadas à entrada de certos estrangeiros cuja condição seja reconhecidamente prejudicial à força da raça, tais como: doentes mentais, disléxicos, idiotas, lentos, sifilíticos, epiléticos, criminosos, prostitutas […] e outros que eram barrados pela Lei de imigração de 1924.” (Margaret Sanger, A Plan For Peace, Birth Control Review, April 1932, pág. 106.)

Em 1939, tal era o seu preconceito e ânsia de “purificação racial” que organizou o Negro Project cujo propósito era abortar bebés negros nos Estados do Sul.

Creio que os exemplos acima demonstram que não é o sexo que define maldade, malignidade, sede de poder, invasões ou guerras. Aliás, no que à morte de inocentes diz respeito, são mulheres, especificamente as do movimento feminista, que requerem e celebram o aborto até ao dia antes de nascer.

Haverá atrocidade maior?

Não é a masculinidade que é tóxica. O que é tóxico, mortalmente tóxico, é a falta de masculinidade e o feminismo.