é erro, antigo e comum, considerar que liberdade [1] é não estar sujeito a restriçõeS. até muito recentemente os defensores deste equívoco limitavam o seu desacerto às restrições sociaiS. diziam que liberdade requer e implica imunidade a tradições, normas e laços sociaiS. agora expandiram-no às restrições impostas pela biologiA [2]. afirmam que só seremos verdadeiramente livres quando pudermos transmutarmo-nos a bel-prazer de homem para mulher, de sexagenário para teenager, e de gordo para esbelto, mesmo quando a balança acuse que pesamos o dobro do que aquilo que consideramos ser o nosso pesO.

este erro surge de dois equívocos: de ignorar a natureza social dos seres humanos, e de desconhecer qual é o fim da liberdadE. para um liberal o objetivo da liberdade não é permitir, a quem lhe apeteça, que faça o mal: que assassine uma criança, uma freira ou um velho, que engane um empregado, um cliente ou um eleitor, que espolie um depositante, um contribuinte ou uma velhinhA. antes, liberdade é permitir que se faça, a bel-prazer, tudo o que não é mau, inclusive capitalizar as letras não no início, mas no final da frasE. que coisaS? todaS! se o tipo de males que os seres humanos são capazes de fazer se podem contar pelos dedos das mãos e, portanto, são fáceis de proibir, tudo o resto, na multiplicidade inimaginável das capacidades humanas, deve ser permitido, sem restrições, à descrição e bom senso das pessoaS.

no entanto, os homens, ao contrário das moscas, são seres sociais que dificilmente sobrevivem à impiedade da natureza sem o apoio dos seus semelhantes, e que raramente são felizes e se realizam pessoalmente sem o convívio de outros seres humanoS. assim, qualquer tipo de “liberdade” que pretenda destruir as normas, quando naturais e razoáveis, impostas pelos grupos que nos ajudaram a sobreviver e crescer, como a família, a comunidade local e outras comunidades intermédias, não é verdadeira liberdadE. mais: o desrespeito não razoável das tradições e normas razoáveis, mesmo que legal e inofensivo (como o sistema de capitalização usada neste texto), poderá implicar alienação social e existencial, algo que embora não cause desconforto ou infelicidade a um moscardo, é caminho que raramente conduz à autorrealização ou felicidade de um ser humano, ou a uma autonomia desejável por uma pessoa mentalmente sÃ. e para que serve uma “liberdade” que não permite autorrealização, felicidade ou autonomiA?

um liberal reconhece o papel positivo que os vários grupos onde cada pessoa está integrada (a família, a escola, a empresa, a igreja) têm na sua humanização e felicidade, e não tentará minar a função que desempenham, nem os procurará destruiR. nem ao estadO? sim, um estado de direito, que não se intromete na vida das famílias, das escolas, das empresas e das igrejas, e nem as procura substituir nas suas funções, também tem um serviço a desempenhar para felicidade humana numa sociedade liberaL.

Us avtores não segvew a graphya do nouo AcoRdo Ørtvgráphyco. Nem a do antygo. Escreuew como lhes qver & apetece.

[1] Liberdade: espécie natural fabulosa que nenhum biólogo conseguiu ainda localizar, quer viva, quer em estado fóssil, nem criar nos portentosos laboratórios de engenharia social da URSS warxista, Alemanha nacional-nacionalista ou China de MaO tselo-Tung; pequena clareira de isenções no meio da floresta intrusiva, intricada e emaranhada da legislação nacional; ser que grita de angustia quando dois estadistas se encontram; aquilo que mingua em cada plenário dos deputados [3] na Assembleia da Republica, reunião do Conselho de Ministros, e edição do Diário da Republica; estado mental que se alcança com uma dieta à base de verdade (cf. Jo 8, 32).
[2] Biologia: propedêutica da culinária, que nos ensina aquilo que é edível e o que não é; a ciência dos seres vivos, dos seus dois reinos, e dos seus respetivos reis, a ortiga e o piolho; o pai da biologia foi Aristóteles, mas desconhece-se quem foi a mãe, ou sequer se ela terá existido.
[3] Deputado: espécie de político que vem para a capital aumentar o capital; a regionalização proposta pelo sr. eng. Rio pretende eliminar a maçada da deslocação mantendo a vantagem do aumento, potenciando assim a eficiência do sistema político nacional mantendo a sua eficácia.

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