Poderia começar por afirmar que vivemos uma época estranha, mas isso seria certamente injusto para gerações e séculos de história da humanidade. Por isso, limitar-me-ei a constatar que vivemos momentos em que:

  1. Se dividem as pessoas em grupos e como consequência;
  2. Se trata de maneira diferente aquilo que é igual, usando nomes pomposos como discriminação positiva ou quotas;
  3. Se animaliza cada vez mais o Ser Humano e;
  4. Se humanizam cada vez mais os animais;
  5. Se considera que qualquer grupo é digno de ser tratado de forma especial;
  6. A luta de classes terminou;
  7. Toda a gente se ofende por tudo e por nada;
  8. Toda a gente se cancela por tudo e por nada;
  9. O Ser Humano é visto como uma doença do planeta terra;
  10. Já sobram poucas ideias para destruir as democracias liberais e seus valores;
  11. Todos têm direitos, mas poucos têm obrigações;
  12. A sociedade vive num relativismo absoluto;
  13. A estupidificação é encorajada;
  14. O capitalismo é visto como um vírus;

No meio deste entrelaçado, é indecente que ninguém se tenha lembrado de defender os direitos de um novo ser vivo, meio cristal meio ADN, chamado Coronavírus. Há que tutelar os direitos do Corona sob pena de discriminação. Isto porque o Corona tem sido óptimo para todos os que desejam totalitarismos.

Assim, o Corona tem todo o direito a existir, a prosseguir a sua evolução natural e consequente infeção da Humanidade, juntamente com outro vírus mais dissimulado, mas que também sabemos que começa por “C”. A luta contra o Corona não passa de uma manobra reaccionária do ser humano, na sua habitual tentativa de controlar e pacificar o meio ambiente, para sua própria prosperidade. Que ousadia!! O Corona apenas quer sobreviver e a luta humana contra o mesmo não passa de uma forma de opressão ao vírus. Devemos todos sentir-nos culpados por isso.

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Por outro lado, não há melhor forma de destruir o capitalismo (que todos os anos retira milhões de humanos da pobreza extrema) e de destruir as sociedades ocidentais com os seus Direitos, Liberdades e Garantias (onde os humanos podem prosperar e viver em paz), que defendendo os direitos do Corona.

Afinal, num mundo onde tudo é relativo, defender os direitos do Corona vírus é defender a natureza.

Nunca nada pôs em causa a nossa sociedade livre e democrática de uma forma tão eficaz. Empurrando-nos para totalitarismos, ou simplesmente para passar um pano apagador por cima dos valores das democracias liberais, o Corona criou condições para se escreverem novos valores.

Unamo-nos, então, na defesa dos direitos do Corona. O Corona merecia uma estátua. E daquelas que nunca serão vandalizadas. Se concordar, com estas afirmações, não entendeu o sarcasmo do que explanei, nem entende que os seus Direitos, Liberdades e Garantias estão em perigo.