A União Europeia é, muito provavelmente, um dos principais motores da transformação de Portugal ao longo das últimas décadas. Foi com a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia em 1986 que o país cresceu economicamente e se passou a acreditar num futuro mais risonho.

Os fundos de coesão da União Europeia permitiram-nos investir nas infraestruturas do país, na inovação e no desenvolvimento do nosso território, contribuindo desta forma para a diminuição das assimetrias regionais, ainda que estas continuem a existir.

Porque interessa trazer os jovens a este tema, saliento o programa “Erasmus +”, que promove oportunidades de estudo no estrangeiro, permitindo que o nosso capital humano se capacite para os desafios futuros, cada vez mais globais, exigentes e que só serão ultrapassados se a Europa e os europeus tiverem uma resposta comum.

No que toca às transações comerciais, a adesão à União Europeia trouxe-nos uma maior facilidade na circulação de bens e serviços e um impulso às exportações e investimento estrangeiro, condições essenciais para um país como Portugal.

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É com esta base de pensamento que nos devemos preparar para as próximas eleições europeias. Conscientes da importância e do valor que a Europa tem no nosso dia a dia e dando o nosso contributo para mais e melhores políticas europeias. Não votar nas eleições europeias é não contribuir para as decisões e soluções dos principais problemas que nos afetam e permitir a sub-representação de certos grupos políticos, que centram o seu discurso no extremismo e populismo. No contexto de guerra que se vive atualmente na Europa, torna-se ainda mais importante reforçar a participação cívica enquanto europeus, dando um sinal claro de união e rejuvenescimento, fortalecendo assim a ação da União Europeia.

Os portugueses precisam de 4 compromissos fundamentais dos futuros candidatos ao Parlamento Europeu:

  1. Promover a defesa dos valores e direitos fundamentais em toda a União Europeia.
  2. Apoiar políticas sólidas que promovam a transição para uma economia verde e a proteção do ambiente.
  3. Compromisso com os interesses nacionais e europeus e uma representação sólida, eficaz e confiável.
  4. Compromisso em manter uma comunicação constante e efetiva com os seus eleitores. Neste ponto, devo salientar o esforço de alguns dos atuais eurodeputados, como a Lídia Pereira e o João Albuquerque, que têm promovido uma comunicação efetiva, jovem e dinâmica com os eleitores, mostrando que é possível fazer diferente e melhor. O país precisa de eurodeputados empreendedores e que se façam ouvir no Parlamento Europeu.

Este é o momento para os partidos políticos decidirem se querem ou não acabar com o distanciamento existente entre a ação dos seus eurodeputados e os eleitores. Esta é a oportunidade de cada um de nós, com a sua reflexão e intervenção, colaborar na fortificação de Portugal na Europa.