Longe vai o tempo em que pais preocupados mantinham as casas em silêncio para que se pudesse ouvir o choro irrequieto do seu bebé. Primeiro surgiram os rádio-transmissores, aparelhos colocados à cabeceira do berço e que detetam o som, avisando os pais se o bebé está acordado, a dormir ou a sonhar, com o treino aprende-se a conhecer o “som” dos sonhos. Com a evolução tecnológica acrescentou-se ao som a imagem, tornando comuns as câmaras que mantêm a ligação visual entre o ambiente escuro do quarto e a sala de estar ou a cozinha.

Agora, a empresa norte-americana Sproutling apresentou o passo seguinte: uma pulseira com sensores que se coloca no tornozelo do bebé. O Sproutling Baby Monitor foi desenhado para ser utilizado em bebés a partir dos 6 meses, não tem câmara, mas está equipado com sensores que monitorizam o sono. Permite não só saber se o bebé está a dormir, mas também em que fase do sono está e até prever quando é que ele vai acordar. Além disso, mede a temperatura corporal, o ritmo cardíaco, o movimento e capta som. Também consegue recolher informação sobre as condições do quarto, tais como temperatura, humidade e nível de ruído. Todos estes dados são comunicados em permanência via bluetooth. A respetiva aplicação do smartphone possui um sistema de alertas e permite ligar vários aparelhos, ou seja, controlar remotamente o sono de vários bebés.

A empresa anuncia que o sensor é feito em silicone de elevada qualidade, que é lavável e que pode ser colocado apenas com uma mão. O Baby Monitor custará 280 doláres e já está disponível em pré-venda — as primeiras encomendas começarão a ser entregues em março de 2015. O seu desenvolvimento resultou de uma campanha de angariação de fundos lançada há menos de um ano, que angariou 2,6 milhões de dólares, um sinal claro do interesse dos investidores e do mercado neste tipo de dispositivos. Um produto claramente direcionado para os “novos pais”. Sim, porque este produto não é para os bebés, mas para os pais.

O Baby Monitor foi uma ideia que surgiu de uma conversa entre Chris Bruce e Matthew Spolin, no decorrer de uma conferência de tecnologia médica em 2012. Ambos pais pela primeira vez, partilhavam as mesmas preocupações e ansiedades com o sono dos seus filhos. Para concretizar a ideia consultaram especialistas em tecnologia e também médicos pediatras, mas estes argumentaram que era “informação a mais”, que são poucos os pais que conseguem interpretar o batimento cardíaco ou as flutuações naturais da temperatura corporal de um bebé, por isso o desafio não foi apenas o tecnológico, mas também a forma como se apresenta a informação, para não deixar os pais ainda mais ansiosos ou alarmados. A Sproutling diz ter encontrado uma solução que promete tranquilizar os pais, mantendo-os informados e confiantes no sono dos seus bebés. É tecnologia feita à medida e ao serviço dos pais do novo milénio.

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