Podem as mensagens no Twitter mostrar o futuro (desastroso) de uma relação? Aparentemente sim, defendem três investigadores, que se dedicaram a olhar para as mensagens públicas em inglês trocadas entre 661 casais.

Venkata Rama Kiran Garimella (Universidade de Aalto), Ingmar Weber (Instituto de Pesquisa Computacional do Qatar) e Sonia Dal Cin (Universidade de Michigan) partem para o estudo com a quase certeza de que todos passamos pelo fim de uma relação pelo menos uma vez na vida. É por isso que se torna pertinente estudar a psicologia por detrás das separações. E os seis meses de investigação, entre novembro de 2013 e abril de 2014, produziram frutos.

Os investigadores descobriram, por exemplo, que os casais que estão perto de terminar trocam muito menos ‘tweets’ entre si e cada vez mais com outros utilizadores. Há quem opte mesmo por começar a ignorar o outro, sinal de que a coisa pode dar para o torto muito em breve.

Consumado o fim, os investigadores verificaram que cada membro da relação perdia entre 15 e 20 seguidores logo após a separação. E que os casais que já se comunicavam antes do namoro interagiam mais depois de cada um ir para seu lado do que aqueles que só começaram a trocar ‘tweets’ quando já eram um casal.

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Menos surpreendente parece ser a conclusão de que a pessoa deixada usa mais termos depressivos nos momentos que se seguem à separação. A pessoa que escolheu terminar também se mostra triste, mas não tanto.

Mais de 3.200 ‘tweets’ anteriores à relação também foram analisados para melhorar a análise. Que aos portugueses poderá não dizer tanto, já que o Facebook é muito mais popular do que a rede social de mensagens instantâneas. Mas dada a popularidade, por exemplo, nos Estados Unidos, a troca pública de milhares de mensagens pode fazer muito felizes os estudiosos que querem saber mais sobre a psicologia e até a sociologia das relações amorosas.