A taxa de desemprego foi de 13,9% no ano passado, uma diminuição de 2,3 pontos percentuais face a 2013, depois de o desemprego trimestral ter aumentado na parte final do ano. Portugal teve em média 726 mil pessoas desempregadas durante o ano passado, menos 129,2 mil pessoas que em 2013, mas pessoas com emprego só foram mais 70,1 mil.
O INE deu hoje a conhecer os dados do desemprego no final de 2014 e os resultados não são positivos. No último trimestre de 2014, a taxa de desemprego aumentou 0,4 pontos percentuais face ao terceiro trimestre, aumentando a taxa para os 13,5%., com mais 9,4 mil pessoas no desemprego.
Este resultado na parte final do ano acaba por prejudicar as hipóteses de uma melhoria mais acentuada na taxa no final do ano, que ainda assim ficou três décimas melhor que a estimativa que o Governo apresentou no Orçamento do Estado para 2015, que era de 14,2%.
A média anual da taxa de desemprego melhorou com uma redução de quase 130 mil pessoas a deixarem de entrar para as contas do INE das pessoas desempregadas, mas pouco mais de metade deste número são pessoas que passaram a estar empregadas, uma vez que os números do emprego só cresceram 70,1 mil pessoas.
No final de 2014, 698,3 mil pessoas eram consideradas desempregadas pelo INE.
As diferenças de conceito
Para entender a diferença entre o que o INE considera como desempregado e que sai fora da população ativa, ou o que conta como um indivíduo empregado, o Instituto Nacional de Estatística publica as seguintes definições:
Desempregado: Indivíduo com idade dos 15 aos 74 anos que, no período de referência, se encontrava simultaneamente nas seguintes situações:
- Não tinha trabalho remunerado nem qualquer outro;
- Tinha procurado ativamente um trabalho, remunerado ou não, ao longo de um período específico (no período de referência ou nas três semanas anteriores);
- Estava disponível para trabalhar num trabalho, remunerado ou não.
Empregado: Indivíduo com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, se encontrava numa das seguintes situações:
- Tinha efetuado um trabalho de pelo menos uma hora, mediante o pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em géneros;
- Tinha uma ligação formal a um emprego, mas não estava ao serviço;
- Tinha uma empresa, mas não estava temporariamente a trabalhar por uma razão específica;
- Estava em situação de pré-reforma, mas a trabalhar.
