Gregos de um lado, Presidente e Governo do outro. É nesta dicotomia que o presidente do PS, Carlos César encara as declarações do chefe de Estado. Para o dirigente socialista, Cavaco Silva tem feito declarações que “são desadequadas do que se pede a um Presidente da República”, incluindo as declarações desta quarta-feira. “Procuraram humilhar” os gregos, resumiu.

Os socialistas têm defendido que a negociação do novo Governo grego do partido de esquerda radical Syriza pode servir os interesses de Portugal e Carlos César veio dar mais forma a essa defesa criticando as palavras do Presidente da República. Disse o presidente do PS que Cavaco Silva, “por contrapartida com o comportamento do Governo português que o Presidente procura elogiar, tentou humilhar o povo grego”.

Ora, para o socialista, esta é uma declaração que não se insere no papel que o chefe de Estado deve desempenhar numa altura em que os gregos se batem em Bruxelas por melhores condições de pagamento da dívida pública e por um empréstimo-ponte para sobreviverem nos próximos meses e que têm, referiu Carlos César, muitas implicações europeias a nível económico, financeiro e também social.

“O que importa não é humilhar o Governo grego, não é impedir uma solução conjunta é falar e agir o sentido da unidade. E o senhor Presidente da República deu tudo menos um contributo para a unidade europeia, quando afirma que os gregos têm de compreender que os portugueses andam a pagar milhões para a Grécia. Esquece-se que, justamente, muitos povos europeus têm contribuído com milhões para o problema português”.

O Presidente da República falou esta quarta-feira sobre o caso grego em que lembrou que os contribuintes portugueses já ajudaram a Grécia.

 

 

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