Portugal vendeu hoje 1250 milhões de euros de dívida a três meses e onze meses no mercado, pagando juros mais baixos e com maior apetite dos investidores. A taxa a três meses foi cortada a mais de metade face ao último leilão em novembro, enquanto a 12 é a mais baixa de sempre.
Em semana turbulenta para a Grécia, Portugal aproveitou para ir ao mercado emitir de curto prazo e com melhores condições. Na dívida a três meses, Portugal colocou 250 milhões de euros e pagou uma taxa média de 0,061%, menos de metade dos 0,156% registados em novembro.
O juro conseguido está muito perto do valor mais baixo de sempre, conseguido em setembro do ano passado, quando o tesouro pagou 0,052% por dívida a três meses.
No prazo a 12 meses, o juro que o tesouro português conseguiu no mercado para colocar os 1000 milhões de euros de dívida foi de 0,138%, o mais baixo de sempre, e consideravelmente abaixo dos 0,221% registados a 21 de janeiro, no último leilão para um prazo semelhante.
Em ambos os casos, os investidores demonstraram maior apetite pela dívida pública portuguesa. Na dívida a três meses, os investidores fizeram ofertas que valiam mais de 4 vezes aquilo que o Estado queria vender (4,26 vezes), superior à procura mais de três vezes superior à oferta que se verificou em novembro. Na dívida a 12 meses, a procura foi mais de o dobro da oferta, superior, mas por pouco, à última vez que Portugal vendeu dívida para este prazo.