Os líderes socialistas europeus, entre os quais o secretário-geral do PS, António Costa, aprovaram neste sábado em Madrid duas resoluções conjuntas, sobre o combate ao terrorismo e a necessidade de reorientar a política europeia para o crescimento e o emprego. Os cerca de 40 líderes “socialistas, sociais-democratas, trabalhistas e progressistas democratas” assinaram a resolução “Unidos contra o medo”, uma manifestação de unidade contra o terrorismo jihadista, e o documento “Mais emprego, melhor e mais justo”, contra a política de austeridade seguida na Europa.

Na resolução contra o terrorismo, os líderes que integram o Partido Socialista Europeu (PSE) comprometem-se a “aplicar um enfoque comum” na luta contra este fenómeno e contra “as suas raízes ideológicas”, bem como adotar uma posição comum para acabar com os apoios financeiros aos grupos e organizações terroristas.

Por outro lado, comprometem-se a “fomentar a intensificação do diálogo e promover uma Europa onde toda a gente tenha lugar, independentemente da sua raça, religião, origem, género e orientação sexual”.

Com o mote “não há liberdade sem segurança”, como referiu aos jornalistas a porta-voz dos socialistas espanhóis no parlamento Europeu, Iraxte Garcia Perez, os líderes socialistas acordaram “avaliar de forma sistemática as medidas existentes no campo da segurança comum interna”, com vista a melhorar a coordenação de agências europeias como a Europol, o Eurojust e a Frontex.

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Por outro lado, acertaram a necessidade de “trabalharem em conjunto contra o fenómeno dos combatentes estrangeiros e lutar contra o seu recrutamento através da Internet”. A resolução começa mesmo com um voto de condenação aos ataques terroristas em França e na Dinamarca.

Em matéria económica, os líderes socialistas fixaram como prioridade acabar com a austeridade e garantir políticas de investimento, que permitam um crescimento justo e sustentável. “As reformas estruturais devem beneficiar todos, pelo que vamos propor reformas progressistas nas áreas do crescimento verde, trabalho de qualidade e inclusão social”, indica a resolução aprovada hoje. Por outro lado, consideram que a Europa Social tem regredido nos últimos anos, por culpa das políticas da direita europeia.

“A mensagem mais importante de todas nesta declaração final é o reconhecimento do falhanço das políticas de austeridade ao nível europeu e uma reorientação para políticas que permitam o crescimento e o emprego, especialmente nos países que estiveram sob ajustamento”, comentou António Costa à saída do encontro.