O Banco de Portugal suspendeu as operações de duas instituições financeiras com sede em Lisboa, a Money One – Sociedade de Pagamento e Câmbios e a Transfex – Instituição de Pagamentos por acreditar que estas estarão a ser utilizadas, por “pessoas direta ou indiretamente relacionadas com as estruturas acionistas e/ou de gestão daquelas entidades, para a circulação de fundos provenientes de origem ilícita”. A PJ ja fez detenções no âmbito do trabalho do Banco de Portugal. Suspeita-se do crime de branqueamento de capitais, mas os investigadores afastam a hipótese destas empresas financiarem estruturas terroristas, apurou o Observador.

“No exercício dos poderes de supervisão que lhe estão legalmente conferidos, designadamente no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, o Banco de Portugal recolheu um conjunto de elementos de informação que indiciam fortemente” que estas duas sociedades estão a proporcionar que “fundos provenientes de origem ilícita” estejam a ser branqueados.

Contactada pelo Observador, fonte da PJ disse não estar em causa o financiamento de estruturas terroristas, mas sim o crime de branqueamento de capitais, prometendo mais informações oficiais para a tarde de quarta-feira.

A suspensão foi ordenada na terça-feira, dia 21 de abril, mas o comunicado surgiu apenas esta quarta-feira.

A suspensão das operações “manter-se-á até que o Banco de Portugal informe as instituições de pagamento visadas de que considera estarem reunidas as condições necessárias para o reinício de atividade ou até que tal suspensão seja substituída por outra medida”, adianta o Banco de Portugal.

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