A ameaça para a saúde humana representada pelas alterações climáticas é tão importante que pode comprometer os avanços conseguidos no último meio século, alerta um estudo hoje divulgado pela revista “The Lancet”.

Os autores do trabalho, cientistas europeus e chineses, consideram que “o catastrófico risco potencial” do aquecimento do planeta para a saúde dos seres humanos tem sido subestimado.

“As alterações climáticas constituem uma emergência médica e, portanto, requerem uma resposta urgente”, afirmou Hugh Montgomery, diretor do Instituto para a Saúde Humana do University College London.

No documento sustenta-se que o impacto direto das alterações climáticas na saúde das pessoas resulta da maior frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos, como ondas de calor, inundações, secas e tempestades.

As alterações climáticas têm também consequências indiretas para os humanos, como mudanças nos padrões de propagação de doenças infecciosas, aumento da poluição atmosférica, insegurança alimentar e má nutrição.

“As alterações climáticas têm o potencial de reverter as melhorias verificadas na saúde que o desenvolvimento económico conseguiu nas últimas décadas”, disse Anthony Costello, responsável do Instituto para a Saúde Global do UCL.

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