A comissão de segurança do consumidor (CPSC) dos Estados Unidos da América chamou a atenção para o facto de as cómodas e outros móveis da gama Malm, da IKEA, poderem ser perigosos para os mais pequenos, refere o US Today. O alerta, lançado esta quarta-feira, tem como objetivo evitar que aconteçam outros acidentes envolvendo crianças.

No ano passado, um menino de dois anos de West Chester, na Pensilvânia, morreu depois de uma cómoda de seis gavetas da gama Malm ter caído em cima dele. Alguns meses depois, em Snohomis, no estado de Washington DC, um bebé com pouco mais de um ano também morreu depois da queda de uma cómoda de três gavetas da Malm.

Esta não é a primeira vez que acidentes do género acontecem. De acordo com o Guardian, a IKEA tem conhecimento de pelo menos outras três mortes desde 1989, provocadas pela queda de móveis. No que diz respeito à gama Malm, a comissão de segurança norte-americana já recebeu 14 queixas, todas elas devido a ferimentos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Para aqueles que têm cómodas ou outras peças de mobiliário da mesma gama em casa, a comissão de segurança está a aconselhar que estas sejam devidamente presas à parede, de modo a evitar que caiam em cima das crianças. Para ajudar nesta tarefa, a IKEA está a oferecer gratuitamente um kit a todos os clientes. De acordo com a CPSC, os consumidores devem “parar imediatamente de usar todas cómodas e arcas IKEA para crianças” que tenham mais de 60 centímetros de altura, até que a segurança destas esteja assegurada.

Apesar do avançado por alguns jornais internacionais, a IKEA não vai retirar ou trocar os móveis. O objetivo da iniciativa é assegurar a segurança dos consumidores e, principalmente, das crianças.

Patty Lobell, diretora comercial da IKEA norte-americana, disse num comunicado que a empresa está profundamente perturbada com as mortes das duas crianças e que espera que os esforços mais recentes “possam prevenir tragédias futuras”.

Numa entrevista dada esta quarta-feira, Elliot Kaye, diretora da CPSC, apelou a toda a indústria de mobiliário para que trabalhe no sentido de produzir móveis mais seguros e pediu à IKEA que lidere a iniciativa, tendo em conta a “sua forte presença no mercado”. “Este passo é positivo, e elogio a IKEA por ter tomado esta iniciativa. Mas precisam de fazer mais, de criar mobiliário mais seguro e de ajudar a indústria”, referiu a diretora.