António Pires de Lima, ministro da Economia, Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, e Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, não integram a lista de candidatos a deputados da coligação Portugal à Frente, por vontade própria.

“Não faz sentido ser candidato a uma função que não tenciono desempenhar”, justifica o atual ministro da Economia ao Observador. Pires de Lima foi deputado entre 1999 e 2002 e entre 2004 a 2005 e, nos últimos anos, dedicou-se à atividade profissional a tempo inteiro, tendo sido CEO da Unicer.

Mesquita Nunes foi eleito deputado, pela primeira vez, em 2011. Advogado de profissão, entre 2002 e 2005 o seu percurso profissional esteve ligado ao CDS. Foi deputado da Assembleia Municipal de Lisboa, assessor do vereador Pedro Feist, adjunto da ex-secretária de Estado da Segurança Social, Teresa Caeiro, e chefe de gabinete do ex-ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território Luís Nobre Guedes. Paulo Núncio, por seu lado, não foi candidato a deputado em 2011. Antes disso, fez parte da direção do CDS sob a liderança de José Ribeiro e Castro e, como advogado, integra o escritório Garrigues Portugal. O CDS quer fazer uma renovação do seu grupo parlamentar e garante que não é intenção “governamentalizar” a lista.

Segundo o acordo de coligação, o CDS fica com os lugares elegíveis à luz dos resultados eleitorais de 2011. Assim sendo, ocupará o 2º lugar da lista em Lisboa (pelas contas, ficaria com o 3º mas como se trata de Paulo Portas, líder do partido, sobe um lugar), o terceiro em Setúbal (Nuno Magalhães), o quarto no Porto (Mota Soares), Aveiro (João Almeida) ou Assunção Cristas (Leiria).

Mota Soares e Assunção Cristas, que ocupam agora pastas de ministro (Segurança Social e Agricultura) ficam, assim, atrás de outras figuras do PSD, mas no largo do Caldas isso não é visto com preocupação. “É uma questão pacífica”, garante fonte do CDS. A intenção é garantir o máximo de lugares elegíveis na noite de 4 de outubro e, portanto, o que conta é a soma de lugares e não tanto a ordem na lista desde que se trate de lugares elegíveis. Certo é que, independentemente do lugar que ocupa o primeiro nome do CDS, este terá sempre o segundo a discursar nos comícios ou ações de campanha conjuntas.

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