Maria Luís Albuquerque ao ataque ao PS. A ministra das Finanças centrou a sua intervenção na Universidade de Verão da JSD nas críticas às principais propostas do PS e àquilo que diz ser a receita falhada dos socialistas. A estratégia continua a ser a mesma: dramatizar as consequências de um eventual Governo socialista. Mas a ministra acabou por confessar que não leu o programa eleitoral do PS.

“Como é possível que [o PS] se apresente com propostas que falharam tão rotundamente no passado? Porque haveriam os portugueses de acreditar que a mesma receita que conduziu ao desastre de 2011 produziria agora resultados diferentes?”, criticou esta terça-feira em Castelo de Vide, num discurso lido e não feito de improviso.

Sobre o passado, acusou o PS de ter feito disparar a despesa pública e privada e afirmou mesmo ser “incompreensível” defender-se, como fazem os socialistas, de que o investimento público é o motor da economia.

A ministra destacou alguns indicadores positivos como o aumento de exportações e de transações através da rede Multibanco, redução do crédito mal-parado, mais novas empresas e poupança do Estado com juros pelo reembolso antecipado ao FMI.

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“Não podemos desistir e andar para trás”, insistiu Maria Luís Albuquerque, considerando que “não é fácil governar bem quando a economia recupera” – “quando a situação melhora não é a altura de passar uma esponja no que aconteceu e repetir os mesmos erros, de prometer tudo a todos”.

Segundo a ministra das Finanças, os mercados estarão “vigilantes” e os parceiros europeus também.

Em resposta aos jornalistas, no final da intervenção, Maria Luís Albuquerque admitiu que não leu todo o programa eleitoral do PS. “O programa todo não li. Li algumas coisas daquilo que são os documentos que o PS tem vindo sucessivamente a publicar e alguns comentários sobre os mesmos”, disse.