A ministra da Justiça defendeu que a luta contra a corrupção implica uma conjugação de esforços em todas as áreas de governação como saúde, segurança social, finanças, ordenamento do território, ambiente e educação.

“A luta contra a corrupção não interpela unicamente a justiça e os sistemas criminais e de segurança, mas implica, conjugada ou coordenadamente, todas as áreas da governação, não só saúde e segurança social, mas também as finanças, economia, o ordenamento do território, ambiente e até mesmo a educação ao nível da educação primária”, disse Francisca van Dunem na conferência “Juntos contra a corrupção”, em Lisboa.

Sobre a investigação relativa à corrupção e à criminalidade económico-financeira, a ministra considerou essencial que a polícia judiciária se articule com as inspeções administrativas e com as autoridades de supervisão económica, fiscal, financeira e bancária no “indispensável esforço de racionalização dos recursos humanos e dos recursos materiais disponíveis, maximizando, com custos razoáveis, os resultados”.

Francisca van Dunem lembrou que no plano económico, dados de 2013 indicavam que cerca de 120 mil milhões de euros seriam anualmente consumidos pela corrupção no conjunto dos países da União Europeia.

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Para a ministra, o fenómeno da corrupção é reconhecidamente transversal com a atividade política, económica, financeira e social e a aposta do combate a este problema deve incidir também na prevenção.

Na abertura da conferência estiveram ainda presentes os ministros da Saúde e o do Trabalho e Segurança Social, Adalberto Campos Fernandes e Vieira da Silva, respetivamente, o diretor nacional da PJ, Almeida Rodrigues, e a procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.

Hoje assinala-se o Dia Internacional contra a Corrupção.