A Assembleia Municipal da Guarda aprovou, por maioria, duas moções, uma apresentada pela CDU e outra pelo BE, que defendem a abolição das portagens nas autoestradas que servem a região, por penalizarem populações e empresas.

A moção do BE, apresentada pelo deputado Marco Loureiro, solicita ao novo Governo que, “em defesa da coesão social e territorial, retire a cobrança de portagens” nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas) e A25 (Vilar Formoso/Aveiro).

Segundo o documento, a introdução de portagens nas ex-scut (vias sem custos para os utilizadores) “foi um dos maiores ataques à economia das regiões que são servidas por estas vias rodoviárias, em particular os concelhos do interior e as respetivas populações que estão sem alternativas viárias com um mínimo de condições de segurança e funcionalidade”.

“As populações e as empresas da região foram penalizadas com a cobrança abusiva de portagens”, refere a moção do BE aprovada com dez votos a favor e 41 abstenções.

Na moção da CDU, apresentada por Honorato Robalo, é exigida “a abolição da cobrança de taxas de portagem em toda a extensão” das duas autoestradas que servem a região da Guarda.

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O documento refere que as taxas em vigor nas autoestradas A23 e A25 têm “tido consequências profundamente negativas para as populações e para o tecido económico das regiões atingidas” e “oneram de uma forma desproporcionada e injusta as populações e as empresas”.

A CDU também refere que não existem alternativas rodoviárias, pois “em diversos troços, quer a A23, quer a A25, foram construídas sobre os anteriores itinerários tornando inevitável a sua utilização”.

“A introdução de portagens nas A23 e A25 tem suscitado um generalizado repúdio por parte das populações, autarquias e associações empresariais afetadas”, lembra a CDU na moção que foi aprovada com dez votos a favor e 37 abstenções.

Na mesma reunião da Assembleia Municipal da Guarda, presidida por Fernando Carvalho Rodrigues, o deputado do BE Marco Loureiro fez uma recomendação à autarquia, presidida por Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), para que “a despoluição do rio Noéme seja uma prioridade” para 2016.

“A resolução deste problema protege a saúde pública e promove a sustentabilidade do ecossistema, que deve servir para dinamizar atividades económicas ligadas à água e ao rio”, considera o deputado.

O rio Noéme é um afluente do rio Côa que nasce em Vale de Estrela, Guarda, e atravessa várias aldeias dos concelhos de Guarda, Sabugal e Almeida.

A poluição deste curso de água tem preocupado autarcas, ambientalistas e moradores das localidades ribeirinhas.