O comité antiterrorista da ONU alertou hoje para o aumento do número de mulheres europeias, adultas e jovens, que se estão a juntar a grupos terroristas, incluindo os extremistas do Estado Islâmico.

Segundo um relatório hoje apresentado, cerca de 550 mulheres europeias viajaram para território controlado pelo grupo extremista Estado Islâmico e, em alguns países, representam entre 10 e 20% dos chamados “combatentes estrangeiros”.

“As mulheres estão a desempenhar funções importantes nos movimentos terroristas desde há muito tempo. No entanto, dada a magnitude da sua participação na prática de atos de terrorismo e de extrema violência, é preciso fazer uma análise mais séria e urgente”, refere o documento.

O diretor-executivo do comité, Jean-Paul Laborde, disse, em conferência de imprensa, que o número de jovens mulheres que prometem fidelidade ao grupo extremista através da Internet aumentou.

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No total, a ONU calcula que pelo menos 30.000 pessoas deixaram os seus países para se juntarem a organizações terroristas, a maior parte das quais na Síria e no Iraque.

No relatório, o comité manifesta também preocupação com os combatentes estrangeiros que regressam aos seus países de origem.

A maior parte deles não participou em ações terroristas, mas foram bem treinados, o que os torna mais perigosos.

O comité antiterrorista da ONU recomenda aos países para considerarem alternativas à prisão daqueles “combatentes estrangeiros”, que regressam ao seu país e que não cometeram delitos graves.

As prisões são um lugar seguro para os terroristas trocarem informações e recrutarem novos membros, sublinha o documento.