O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha e líder do partido FDP, Guido Westerwelle, morreu aos 54 anos, vítima de leucemia, de acordo com o diretor da Fundação Westerwelle, Alexander Vogel.
A doença foi-lhe diagnosticada em julho de 2014 e Guido Westerwelle morreu esta sexta-feira, no hospital de Colónia, por complicações relacionadas com o tratamento, noticiou a AP.
Wir trauern um unseren Chef Guido Westerwelle. Er verstarb am 18. März 2016 in der Uni-Klinik Köln an den Folgen seiner...
Publicado por Westerwelle Foundation em Sexta-feira, 18 de Março de 2016
Enquanto líder da oposição prometeu ao eleitorado cortar impostos, mas não conseguiu cumprir a sua promessa no Governo do qual fez parte, em coligação com a CDU/CSU de Angela Merkel. A promessa não cumprida e os frequentes conflitos dentro da coligação terão levado à queda da popularidade do partido.
Uma das suas mais conhecidas posições era a de uma “cultura de contenção militar”, tendo-se oposto à intervenção militar da NATO na Líbia em 2011, referiu a AP. “A cultura de contenção militar é mais oportuna do que nunca”, disse em 2012. “Estou preocupado com um neobelicismo que deixa a impressão que é possível as intervenções militares serem mais rápidas, mais eficazes e ‘cirúrgicas’, ou sem vítimas civis.”
O partido de Westerwelle esteve no poder com o partido de Angela Merkel de 2009 a 2013, que se manteve como ministro dos Negócios Estrangeiros mesmo depois de deixar de ser líder do FDP. Durante o mandato participou nas negociações com o Irão que viriam a originar o acordo sobre o nuclear pouco tempo depois de ter deixado o cargo.
Depois de deixar o governo, Guido Westerwelle criou uma fundação com o seu nome com o objetivo de reforçar a democracia e promover o desenvolvimento económico.
Guido Westerwelle foi o primeiro homossexual eleito para um cargo no governo alemão, tendo sido vice-chanceler de 2009 a 2011.