Um grupo de 21 personalidades lançou um manifesto em defesa de uma gestão “democrática, participativa e inclusiva” das escolas e contra o atual modelo de gestão que dizem ter contribuído para a “sobrevalorização da figura do diretor de escola ou de agrupamento de escolas”, tendo sido “subalternizado o papel de todos os outros órgãos pedagógicos“.

O manifesto noticiado e divulgado pelo jornal Público é assinado por nomes como a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, a ex-secretária de Estado da Educação (PS) Ana Benavente, os escritores Jacinto Lucas Pires, Dulce Maria Cardoso e Inês Pedrosa, bem como o ex-secretário-geral da Fenprof, António Teodoro, ou a presidente da Associação de Professores de Matemática, Maria de Lurdes Figueiral. No texto que subscrevem podem ler-se críticas ao atual modelo de gestão das escolas, que consideram ter conduzido a “uma crescente desvalorização da cultura democrática nas escolas e à anulação da participação coletiva dos professores, dos alunos e da comunidade educativa”.

Esta situação é igualmente reveladora da erosão da identidade de cada escola quando esmagada pelo peso da estrutura de direção unipessoal de governo dos agrupamentos”, pode ler-se no manifesto.

O texto pretende fazer “um apelo para um amplo debate por um modelo de direção e gestão alternativo”, do pré-escolar ao secundário, que seja “capaz de compatibilizar os desafios da aprendizagem para todos e todas com práticas inovadoras de cidadania crítica e emancipatória”. De acordo com o Público, o documento será debatido a 14 de janeiro na Escola Secundária Rainha Dona Leonor, em Lisboa.

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