As ameaças constantes às empresas americanas que deslocam a sua produção para o estrangeiro, por parte de Donald Trump, tornam mais fácil acreditar em notícias sobre o tema. Mesmo quando foram criadas para comemorar o Dia das Mentiras em Espanha, que tem lugar a 28 de Dezembro. Como esta, avançada pelo Diario Motor. A informação errada foi publicada pelo Observador no texto em baixo. As nossas desculpas aos leitores.
Produzido no Canadá, o mais recente desportivo da Ford Motor Company, o Ford GT, promete ser o primeiro confronto de uma guerra entre o construtor automóvel norte-americano e o recém-eleito Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. E tudo porque o governante pretende obrigar o fabricante a transferir a produção do modelo, do vizinho Canadá para os EUA.
Depois das ameaças feitas durante a campanha eleitoral, nas quais o então candidato presidencial chegou a acusar a Ford de falta de patriotismo, por pretender transferir a produção de alguns dos seus modelos para fábricas fora dos Estados Unidos, o agora Presidente eleito promete paralisar as vendas do novo superdesportivo no país, caso este não passe a aí ser produzido.
Esta decisão surge como resposta a várias reuniões entre os diferentes construtores automóveis, Ford incluída, e responsáveis governamentais, promovidas com o objectivo de debater, precisamente, a deslocalização da produção de muitos dos fabricantes para fora dos Estados Unidos. No entanto, não terá resultado qualquer acordo ou consenso destas reuniões.
Apesar da promessa de bloqueio no horizonte, a Ford ainda não emitiu qualquer comunicado oficial sobre o tema, preferindo não comentar, até ao momento, de que forma esta tomada de posição do futuro Governo norte-americano afectará, por exemplo, a produção, os contratos já assinados e as entregas já assumidas perante os clientes. Para não falar no futuro de um modelo que tem estado a ser produzido no Canadá, pela Multimatic.
Por outro lado e embora a ameaça paire, neste momento, apenas sobre a marca da oval, a verdade é que a decisão não deverá ter deixado descansados os restantes fabricantes automóveis, certamente receosos de serem alvo de medidas idênticas, até porque todos eles possuem fábricas fora do país.
Contudo, um contributo para resolver este imbróglio poderá vir do vizinho México, país que o futuro presidente norte-americano fez questão de antagonizar durante a campanha eleitoral, mas onde, por sinal, estão sedeadas fábricas de todos os construtores automóveis dos EUA.
Texto alterado a 30 de dezembro, com a informação de que a notícia inicial era uma partida do Dia das Mentiras em Espanha.