Donald Trump continua a fazer mudanças na Casa Branca e a dar mais poder à ala radical da administração. Agora, foi a vez de promover o seu principal estratega Stephen Bannon ao National Security Council (Conselho de Segurança Nacional), o principal fórum que aconselha o Presidente em matérias de segurança nacional e política externa e que é responsável por implementar as suas decisões. Já o coordenador das 17 agências de segurança e o militar mais graduado das forças armadas perderam o lugar neste fórum.
Trump prometeu que a Casa Branca iria funcionar de forma diferente e as mudanças continuam a chegar. Agora foi a vez de promover o seu principal estratega e um dos principais responsáveis pela sua campanha, Stephen Bannon, para fazer parte do conselho de segurança.
A nomeação de um responsável político para este grupo restrito – em especial o polémico líder do Breitbart News e conotado como uma das figuras máximas do movimento de extrema-direita norte-americano Alt-Right -, está a ser considerada uma decisão sem precedentes, desde que Harry Truman criou este conselho.
De fora ficam dois responsáveis: o director de ‘national intelligence’, que supervisiona todas as agências de segurança e informação (como a CIA, o FBI e a NSA), e o ‘chairman’ of the Joint Chiefs of Staff’, que é o oficial mais graduado das forças armadas norte-americanas, mas que não pode participar em operações militares. Estes dois últimos passam a participar nas reuniões do conselho por convite, quando for um assunto diretamente da sua competência. Esta forma de participação não é inédita, já que George W. Bush determinou isso mesmo, algo que Barack Obama mudou quando passou a ser Presidente em 2009. Já a participação de um elemento político neste conselho é uma novidade.
O diretor da ‘national intelligence’ é uma posição relativamente recente. Este posto foi criado com o Patriot Act, a legislação criada em resposta ao 11 de setembro, e tinha como objetivo promover uma melhor coordenação entre as principais agências, depois das públicas falhas de comunicação entre a CIA e o FBI que permitiram que alguns dos terroristas que levaram a cabo o ataque contra as Torres Gémeas, em Nova Iorque, tivessem entrado no país sem serem detidos ou vigiados.