O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta segunda-feira que a ‘troika’ “não tenha descoberto há mais tempo” as fragilidades do sistema bancário português porque isso teria evitado uma parte dos problemas durante o período de ajustamento.

Durante uma visita às instalações do Colégio Pina Manique da Casa Pia de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o relatório da OCDE conhecido esta segunda-feira – onde se destaca que a fragilidade da banca “precisa de ser resolvida o quanto antes” – tendo sublinhado que Portugal está “a dois passos de um momento importante para a consolidação da banca portuguesa” que é a venda do Novo Banco e a resolução em simultâneo do problema dos ativos problemáticos.

“Aquilo que foi uma preocupação no ano anterior e no começo deste ano foi-se compondo, está-se a compor e se há coisa que nós lamentamos é que a ‘troika’ não tenha descoberto isso há mais tempo. Porque se tem descoberto isso há uns quatro, cinco anos tinha facilitado muito essa decisão”, defendeu.

Na opinião do Presidente da República, “mais vale tarde do que nunca” e ainda bem que as instituições internacionais descobriram que era “um problema”. “Tinha-se evitado uma parte do problema se tem tido essa descoberta um bocadinho antes”, reiterou.

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