As exportações de bens cresceram 0,9% no ano passado, menos de um quarto do ritmo de crescimento verificado em 2015, depois de terem desacelerado substancialmente no último mês do ano, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira o INE. A subida superior das importações de bens levou a que o défice comercial se agravasse em 281 milhões de euros no ano passado.
Ainda sem contar com as exportações de serviços – que inclui, por exemplo, o setor do turismo -, as exportações cresceram de forma moderada ao longo de 2016, revertendo o saldo positivo conseguido na balança comercial de bens durante o ano de 2015. As exportações de bens haviam crescido 3,7% em 2015, mas em 2016 não foram além dos 0,9%. As importações também cresceram menos, passando de 2,2% para 1,2%, mas voltam a crescer a um ritmo superior ao das exportações.
O resultado é um agravamento do défice da balança comercial de bens em 281 milhões de euros face ao que se verificava em 2015. Ou seja, Portugal gastou mais 10,8 mil milhões de euros a importar bens do que conseguiu com a venda para o exterior.
O agravamento surge mesmo com um crescimento de 11,8% nas exportações em dezembro face ao mesmo mês de 2015. No entanto, olhando para a evolução de curto prazo a perspetiva não é tão animadora. Em dezembro do ano passado as exportações diminuíram 13,1% face a novembro, uma travagem que se deve sobretudo à travagem nas compras dos países da União Europeia, onde estão os principais parceiros comerciais da economia portuguesa.
As importações também caíram no último mês do ano, mas apenas 0,7%, um ritmo de queda consideravelmente mais baixo que o verificado nas exportações.