O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afastou esta terça-feira um “risco acrescido” para a comunidade portuguesa na Venezuela, mas reconheceu que a ocupação de padarias detidas por cidadãos nacionais “fez subir o nível de preocupação”.

“As informações que eu tenho mostram que a comunidade portuguesa não está em risco acrescido, não há nenhuma hostilidade ou sinal de maior agressividade em relação aos portugueses”, afirmou o governante, durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, a propósito da situação na Venezuela.

Santos Silva reconheceu que o facto de muitos portugueses e lusodescendentes estão “especialmente expostos a situações de insegurança urbana ou de tensão”, por se dedicarem ao comércio. O chefe da diplomacia comentou que “intervenções oficiais ou oficiosas em estabelecimentos portugueses, sob pretexto de não cumprirem algo que não estão em condições de cumprir, fizeram subir o nível de preocupação” do Governo português.

A atual crise política, económica e social na Venezuela, onde vivem milhares de portugueses e lusodescendentes, foi abordada por todos os grupos parlamentares.

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