Portugal exportou 937,5 milhões de euros em cortiça em 2016, um recorde absoluto e um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. A associação do setor considera o resultado “extremamente positivo” e define como objetivo para 2017 chegar mesmo aos mil milhões de euros em exportações. A explicação para o sucesso? Inovação e investimento em comunicação lá fora.
“Este recorde é o resultado de mais uma etapa do processo iniciado pela cortiça já há alguns anos, no sentido de se afirmar não só no mundo do vinho, no qual quer continuar a provar que é o melhor vedante, como também através de uma busca incessante de novas aplicações”, assinala João Rui Ferreira, presidente da Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR), em comunicado enviado à imprensa esta quarta-feira.
90% da cortiça que é produzida em Portugal é exportada — para 133 países, segundo a APCOR. A utilização final é, sobretudo, a rolha (72%) mas, também, para materiais de construção (25%) e outros produtos (3%), as tais “novas aplicações” de que fala o presidente da APCOR.
O sucesso deve-se ao esforço na renovação de processos e produtos, do investimento em inovação e da política de comunicação internacional consciente e sustentável ao longo dos últimos 15 anos” (João Rui Ferreira, presidente da Associação Portuguesa da Cortiça)
Para onde é exportada a cortiça?
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O top 5 dos principais mercados da cortiça é liderado pela França, que detém 19% das exportações deste produto, aumentando 10% face a 2015, seguindo-se os EUA (18%), a Espanha (12%), Itália (10%) e, por fim, Alemanha (8%).
Os materiais de construção, cujo mercado principal é a Alemanha (22%), seguindo-se os EUA (16%) e a Espanha (11%), cresceu 4% face a 2015.
APCOR
O contributo para a balança comercial portuguesa é “extremamente positivo”, diz a associação. A cortiça contribuiu com 7,5% para o aumento das exportações nacionais em 2016.
Para 2017, “o objetivo é chegar aos mil milhões de euros de exportações e vamos continuar atentos àqueles que consideramos os três grandes pilares da nossa cadeia de valor, com uma aposta clara no mercado, na evolução da indústria e na proximidade com a produção, para que possamos ter mais e melhor cortiça em Portugal”, afirma João Rui Ferreira, presidente da associação sediada em Santa Maria da Feira.