O Ministério Público está a investigar várias irregularidades detetadas por uma auditoria da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) à gestão da ex-diretora do Mosteiro dos Jerónimos, Isabel Almeida, avança o Diário de Notícias na edição desta terça-feira.

Exemplo dessas irregularidades é o facto de a associação sem fins lucrativos Troca Descobertas ter explorado alguns espaços do monumento em causa sem que a DGPC recebesse qualquer quantia pelos serviços cobrados. Isto terá acontecido durante vários anos.

Além das fundadoras da associação terem tido e-mail oficial dos Jerónimos, algumas atividades que se destinavam a alunos do ensino pré-escolar e 1º ano do ensino básico e que constavam da programação levada a cabo pela Troca Descobertas eram publicitadas em portais públicos. Não havia, porém, qualquer protocolo entre a DGPC e a respetiva associação.

Documentos consultados pelo DN mostram que empresas como a Team Quatro e o Automóvel Clube de Portugal usaram espaços dos Jerónimos para a realização de eventos, sendo que pagaram mais à World Monuments Fund (WMF), organização internacional sem fins lucrativos dedicada à recuperação de edifícios históricos, do que à DGPC. Isabel Almeida, cuja comissão de serviço terminou a 5 de janeiro, é a vice-presidente da WMF.

A entrada em vigor do despacho 8356/2014, lembra o mesmo jornal, permitiu um maior controlo do custo da cedência de espaços em monumentos, uma vez que só nessa altura os preços começaram a ser tabelados.

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