Quando, este fim de semana, rebentaram as últimas notícias sobre escândalo da alegada fuga ao fisco de Cristiano Ronaldo, o Real Madrid quis distância. Segundo o jornal El Confidencial, o clube pediu a vários órgãos de comunicação social que não colocassem fotos do jogador com a camisola do clube e que se referissem a ele apenas como “jogador português”, ao invés de “capitão do Real Madrid”.

Depois de o fisco espanhol acusar Cristiano Ronaldo de ter evitado de forma “consciente” e “voluntária” o pagamento de cerca de 14,7 milhões de euros em impostos, relacionados com a exploração dos seus direitos de imagem, várias órgãos de comunicação social noticiaram a decisão. Os jornais espanhóis começaram então a receber pedidos para mudar as imagens.

Fisco espanhol acusa Cristiano Ronaldo de fugir aos impostos de forma “consciente”

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Real emitiu comunicado

Entretanto, esta quarta-feira o clube divulgou um comunicado onde demonstra total apoio ao jogador e se diz “absolutamente convencido da sua inocência”.

O Real Madrid mostra plena confiança no nosso jogador Cristiano Ronaldo, que entendemos que tenha atuado conforme a lei aquando do cumprimento das suas obrigações fiscais”, lê-se no comunicado. O clube acrescenta esperar “que a justiça atue da forma mais rápida possível para que seja mostrada a sua inocência o quanto antes”, conclui o clube.

Em causa estão quatro alegados crimes, cometidos entre 2011 e 2014, segundo a denúncia apresentada em tribunal pela secção de delitos económicos da autoridade tributária de Madrid. A grande fatia dos rendimentos por declarar diz respeito ao ano de 2014, em que estão em causa 8,5 milhões de euros. Em 2011 foram cerca de 1,4 milhões de euros; em 2012 foram 1,6 milhões; e, em 2013, Ronaldo terá omitido 3,2 milhões de euros.

Cristiano Ronaldo pode incorrer numa multa superior a 28 milhões de euros e em prisão efetiva de um mínimo de sete anos.