Depois de ter divulgado a meta de acabar com a comercialização de veículos com motores de combustão, a gasolina e diesel, até 2040, como forma de reduzir a poluição, o actual Governo francês anunciou, mais recentemente, a intenção de agravar os impostos relativamente ao diesel e aos carros que utilizam este combustível. Agora, para não colocar em perigo milhares de empregos, promete agora um plano que minimize os impactos que a medida terá.

O anúncio desta última decisão, que visa salvaguardar não só o futuro dos fabricantes, mas sobretudo os postos de trabalho que estes garantem, foi feito pelo próprio ministro das Finanças francês. No Parlamento, Bruno Le Maire disse que o plano, que deverá ser conhecido até ao final do ano, procurará proteger a indústria que hoje em dia vive maioritariamente da tecnologia diesel, assim como os seus trabalhadores.

Recorde-se que, assumindo como preocupação o aumento da poluição, o Governo francês tem procurado encontrar formas para reduzir o número de carros a gasóleo em circulação. Isto, num país onde a maioria dos automóveis novos possui motores diesel.

Na quarta-feira, o Executivo gaulês apresentou uma proposta para o Orçamento do Estado de 2018, prevendo um aumento anual dos impostos sobre o diesel, na ordem dos 0,026€/litro por ano. Medida que deverá manter-se em vigor durante os próximos quatro anos, colocando este combustível ao mesmo nível da gasolina, em termos de preço – para desencorajar os consumidores a apostarem neste tipo de motores.

Em reflexo do anúncio de medidas como esta, os últimos dados da Associação Francesa dos Construtores Automóveis revelam uma queda nas vendas dos carros diesel, em Agosto, de 52,7%, para 47,8%. Ao passo que, durante esse mesmo período, os automóveis a gasolina registaram uma subida nas vendas de 43,4%, para 47,3%.

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