O auto-proclamado Estado Islâmico divulgou uma gravação do seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, contradizendo as declarações das autoridades russas e iraquinanas sobre a sua morte. Os Estados Unidos da América, que afirmam que Baghdadi está vivo, oferece 25 milhões de dólares (21,1 milhões de euros) pela sua captura.

A gravação de 46 minutos foi divulgada esta quinta-feira e é a primeira em dez meses do líder da organização terrorista. Baghdadi, já várias vezes foi dado como morto, fala da ameaça nuclear da Coreia do Norte aos EUA e do “controlo russo” nas negociações de paz entre a oposição síria e o governo do país. E, entre referências religiosas, recorda as ameaças sobre países como os Estados Unidos e o Japão e declara que não se dão por vencidos em territórios onde têm perdido o controlo.

Embora o grupo terrorista tenha perdido o controlo de maior parte dos territórios em que tinha influência militar, o alegado líder extremista acredita que nem tudo estará perdido. “O banho de sangue não foi em vão”, declara a certa altura.

Dirigindo-se ao povo sírio, o líder extremista afirma que qualquer pacto de rendição “não vos vai valer de nada” e que “sem estado islâmico estariam pior”, declara. E, entre as novas ameaças, aponta os centros de maior animação cultural e de media como os potenciais alvos de futuros ataques. “Mantenham a vossa ‘jihad’ e as operações sagradas”, reclama Baghdadi.

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A localização de Abu Bakr al-Baghdadi mantém-se secreta e ainda não há confirmação da gravação ser verdadeira. No entanto, estas declarações podem aumentar a moral das tropas do ISIS ao confirmar que, pelo menos até Agosto, o líder do grupo estava vivo, como constata Frank Gardner, correspondente da BBC.

Quem é Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do Estado Islâmico na Síria?